Estrutura de ocupações e distribuição de rendimentos: uma análise da experiência brasileira nos anos 2000

Abstract

Em um contexto de profundas transformações na economia e no mercado de trabalho, o objetivo deste trabalho é analisar as relações entre a dinâmica da estrutura de ocupações e da distribuição de rendimentos no Brasil nos anos 2000. Primeiramente, verifica-se em que medida a prevalência de ocupações pouco qualificadas e de baixa remuneração contribui para o elevado estágio de exclusão e desigualdade do país. Verifica-se ainda como as mudanças na composição e nos rendimentos dos principais grupos ocupacionais contribuíram para o crescimento da renda e a redução da desigualdade no Brasil. Os resultados destacam a importância da estrutura ocupacional para compreensão das extremas diferenças socioeconômicas existentes no país.

Occupational structure and socioeconomic inequality: a comparative study between Brazil and the United States

“…The distribution of workers in the top, middle and bottom groups of the occupational structure may help explain, to a large extent, the levels of socioeconomic inequality. For example, based on a similar methodology of occupational stratification, Maia (2013) finds that differences between the eight occupational groups represent a quarter of the total wage inequality in Brazil. These results reflect the hierarchy of huge differences in the average wages among the large bottom and the small top occupational groups.…”

Emprego E Desigualdade De Rendimentos No Brasil: Uma Análise a Partir Da Estrutura De Ocupações

“…De fato, segundo Maia (2013), a redução do emprego no setor agrícola, devido à mecanização agrícola e ao êxodo rural, contribuiu para a redução da desigualdade de rendimentos, com redução das diferenças de rendimento entre as ocupações e maior proporção de indivíduos mais qualificados.…”

La estructura socio-ocupacional metropolitana brasileña: diversificación y homogeneidad en los años 2000

“…Los años dos mil estuvieron marcados por la consolidación de un modelo de desarrollo económico basado en el reforzamiento del mercado interno a través de la expansión del consumo masivo, asociado a tasas bajas de ahorros (Messa, 2012). Contradiciendo la tendencia de las décadas inmediatamente anteriores, de bajo crecimiento económico, con hiperinflación e inestabilidad económica, la economía brasileña creció el 3,9% anual entre 2002 y 2011 (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [ipea], 2017), catalizada por la valorización del precio de las commodities en el mercado internacional y por el superávit primario creciente (Maia, 2013).…”

“…No obstante, a pesar de una expansión de la participación de profesionales, técnicos y auxiliares administrativos, el rendimiento medio de estas ocupaciones no siguió la variación de la renta de las otras ocupaciones. El hecho es que los aumentos porcentuales del salario ocurrieron sobre la base de la pirámide ocupacional, fuertemente determinados por la política de valorización continua del salario mínimo -la base de las remuneraciones de las ocupaciones menos cualificadas-y por el incremento de la formalización y el excedente menor de mano de obra (Maia, 2013).…”