Trabalhadores afastados por transtornos mentais e de comportamento: o retorno ao ambiente de trabalho e suas consequências na vida laboral e pessoal de alguns bancários

Abstract

A pesquisa foi realizada em um Banco Estatal localizado em um Estado da região sudeste que, a partir da adoção de tecnologias, instituiu mudanças em cargos e funções, exigindo de seus funcionários a consecução de objetivos e metas derivados das pressões do mercado. A partir das mudanças implementadas, começaram a surgir casos de trabalhadores com quadros de depressão e estresse que necessitaram afastar-se de suas atividades. O objetivo da pesquisa realizada foi fazer um estudo de como passou a ser o cotidiano dos trabalhadores do Banco, após gozarem licença médica, devido a transtornos mentais e comportamentais, tanto no seu aspecto laboral quanto pessoal. A discussão teórica inicia-se com as transformações do mercado de trabalho, passando para os transtornos mentais e de comportamento decorrentes do novo contexto organizacional. Foram referenciados autores que trataram dos dois tipos de transtorno mais observados no estudo, ou seja, estresse e depressão e também a Teoria da Avaliação Cognitiva e a Teoria da Justiça Organizacional. Foi utilizada uma abordagem qualitativa, valendo-se da técnica de análise de conteúdo para o tratamento dos dados, que foram coletados por meio do autorrelato dos funcionários acometidos pelos transtornos. Os resultados apontam a continuidade da presença de estressores no ambiente de trabalho, as dificuldades das relações interpessoais e a falta de um programa de reintegração dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

Satisfação No Trabalho Dos Bancários E Seus Fatores Determinantes – Uma Revisão Integrativa

“…Índices de satisfação no trabalho dos profissionais bancários têm relação direta com seu desempenho profissional e comprometimento com a organização (HASSAN et al, 2011;OLIVIER;PERES;BEHR, 2011;TLAISS, 2013;GAGANDEEP, 2015). Sabe-se que a satisfação pode afetar também o aumento da produtividade, a estabilidade emocional, a disposição para aprendizagem e capacitação, o relacionamento com a liderança e a satisfação dos clientes (XIAOYAN; PUXI, 2010; YAVAS; BABACUS, 2010; ARMUTLULU; NOYAN, 2011;BITMIS;ERGENELI, 2011;BHUTTO et al, 2012;FATIMAH et al, 2012;REDDY;GUMMADI, 2013;SARAVANI;ABBASI, 2013;GEORGE;ZAKKARIYA, 2015).…”

“…Analisando os estudos, verificou-se que quando há predominância da insatisfação com o trabalho, esta se relaciona com: função exercida, volume do serviço, falta de comunicação entre a equipe, o relacionamento ruim entre colegas e com os líderes, pressão para alcance de metas, passando a ser uma fonte constante de estresse e em alguns casos prejuízos à saúde do funcionário, na sua qualidade de vida e no clima organizacional resultando até mesmo em casos de afastamento ou de suicídio (OLIVIER;PERES;BEHR, 2011;PAIXÃO;BARBOSA, 2016).…”

As interações entre os atores no retorno ao trabalho após afastamento por transtorno mental: uma metaetnografia

“…The development of support in the workplace is hampered by attitudes that harm the relationship between coworkers and the returning worker, in particular: the scorn, the mockery, excessive demands 26 , refusal to work with someone who had a bout of mental disorders 26 , and the skepticism of coworkers 22 . Some authors mention the excessive curiosity of coworkers about the taboo on the confidentiality of medical information 20 , and the self-serving attitudes of those who welcome the returning worker because they want to pass on to him/her the load of work they had taken over.…”

“…These elements may reinforce the labeling of incapability, and enhance the lack of trust for managing the work and continue the return to work process 22,26 . They may even serve as catalyst of stressful situations for the worker who is return to work 20 .…”

Worker Stress Level With Functional Rearrangement and Readaptation in a Public State University

“…[3][4] Because of this paradoxical situation of coexistence between positive and negative aspects, workplace-related stress has been a very common theme in studies of recent decades, in order to identify its contribution to the etiology of workers' health. 5 The term, stress, was first used by the endocrinologist Hans Selye, who conceptualized it as a set of responses that the body develops when subjected to a situation that requires effort to adjust. The author has also found that stress causes biochemical or neuroendocrine responses, characterizing it as a non-specific physiological response, i.e., a syndrome consisting of all physiological changes that occur in the biological system when it is affected by a stimulus, or by an excessive or harmful load.…”