2009
DOI: 10.1590/s1414-98932009000100014
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Humanização e controle social: o psicólogo como ouvidor hospitalar

Abstract: Este artigo apresenta um ensaio sobre a prática do psicólogo como ouvidor hospitalar. Inicialmente, é avaliado o controle social no Sistema Público de Saúde (Conferências e Conselhos de Saúde, ouvidorias). O papel do ouvidor hospitalar no controle social no contexto da humanização do sistema de saúde é discutido a partir de um diálogo com autores da área da Saúde pública, das Ciências sociais e da Psicologia. Por humanização, entende-se a forma de assistência que valoriza a qualidade do cuidado do ponto de vis… Show more

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“…Dada a importância do substrato afetivo-emocional das condutas humanas, seria possível afirmar que o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde 3 carece de estratégias que favoreçam a consideração de tais aspectos vivenciais dos profissionais de saúde, privilegiando técnicas de desenvolvimento de habilidades interpessoais ou a apresentação teórica de temas relacionados ao cotidiano de trabalho. Apesar de o Programa de Humanização apontar para a necessidade de atenção à saúde mental dos profissionais, também com o intuito de oferecer cuidado indireto a seus pacientes, de maneira geral, os diversos pesquisadores mobilizados por este movimento acabam voltando-se ao tecnicismo, mesmo aqueles que o criticavam (DIMENSTEIN, 2004;BERNARDES e GUARESCHI, 2007;CARVALHO;SANTANA e SANTANA, 2009). ágora (Rio de Janeiro) v. XVII n. 2 jul/dez 2014 285-297 Partimos da concepção de que a transformação deste imaginário requer a criação de espaços onde estudantes e profissionais possam expressar seus sentimentos e crenças, tal como as participantes deste estudo puderam fazer ao longo das entrevistas.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Dada a importância do substrato afetivo-emocional das condutas humanas, seria possível afirmar que o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde 3 carece de estratégias que favoreçam a consideração de tais aspectos vivenciais dos profissionais de saúde, privilegiando técnicas de desenvolvimento de habilidades interpessoais ou a apresentação teórica de temas relacionados ao cotidiano de trabalho. Apesar de o Programa de Humanização apontar para a necessidade de atenção à saúde mental dos profissionais, também com o intuito de oferecer cuidado indireto a seus pacientes, de maneira geral, os diversos pesquisadores mobilizados por este movimento acabam voltando-se ao tecnicismo, mesmo aqueles que o criticavam (DIMENSTEIN, 2004;BERNARDES e GUARESCHI, 2007;CARVALHO;SANTANA e SANTANA, 2009). ágora (Rio de Janeiro) v. XVII n. 2 jul/dez 2014 285-297 Partimos da concepção de que a transformação deste imaginário requer a criação de espaços onde estudantes e profissionais possam expressar seus sentimentos e crenças, tal como as participantes deste estudo puderam fazer ao longo das entrevistas.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Psicologia da saúde crítica e as microestruturas de poder: Prilleltensky e Prilleltensky (2003) ressaltam que a Psicologia da saúde crítica pode ser aplicada a contextos de microestruturas de poder. Especificamente, esses autores mencionam o contexto hospitalar e a relação médico-paciente, e acrescentam ainda que a advocacy, que pode ser traduzida como defesa/promoção de direitos, é uma prática fundamental para uma atuação transformadora no contexto hospitalar, e uma forma de institucionalizar essa prática é a ouvidoria hospitalar (Pereira, 2002;Carvalho, Santana, & Santana, 2009), que se configura como um espaço que vincula a questão do controle social dos serviços de saúde à temática da relação profissionalpaciente.…”
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