“…Dessa fertilização, além de Rosenberg e Santos, ambos docentes da USP, surgiram outros psicólogos que foram, posteriormente, se estabelecendo em diversas universidades, como Mauro Amatuzzi (USP-SP e PUC-Campinas), Henriette Morato (USP-SP) Jaime Doxsey (UFES), Vera Cury (PUC-Campinas), Virginia Moreira (UNI-FOR) e William Gomes (UFRGS), apenas para citar alguns (Gomes et al, 2004). Soma-se isso à residência de John Wood no Brasil, um colaborador de Rogers que estabeleceu docência na PUC-Campinas, de 1985 a 1989 (Moreira, Landim, & Romcy, 2014). É digna de menção especial a tese de doutorado, não publicada, de Lucila Schwantes Arouca, intitulada Fundamentos fenomenológico-existenciais da comunicação professoraluno, defendida em 1977, na PUC-SP (Gomes et al, 2004).…”
Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além
do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.
“…Dessa fertilização, além de Rosenberg e Santos, ambos docentes da USP, surgiram outros psicólogos que foram, posteriormente, se estabelecendo em diversas universidades, como Mauro Amatuzzi (USP-SP e PUC-Campinas), Henriette Morato (USP-SP) Jaime Doxsey (UFES), Vera Cury (PUC-Campinas), Virginia Moreira (UNI-FOR) e William Gomes (UFRGS), apenas para citar alguns (Gomes et al, 2004). Soma-se isso à residência de John Wood no Brasil, um colaborador de Rogers que estabeleceu docência na PUC-Campinas, de 1985 a 1989 (Moreira, Landim, & Romcy, 2014). É digna de menção especial a tese de doutorado, não publicada, de Lucila Schwantes Arouca, intitulada Fundamentos fenomenológico-existenciais da comunicação professoraluno, defendida em 1977, na PUC-SP (Gomes et al, 2004).…”
Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além
do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.
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