Incidência de reinternação de prematuros com muito baixo peso nascidos em um hospital universitário

Abstract

Este estudo investigou a incidência de reinternação e os fatores associados em prematuros nascidos com muito baixo peso em um hospital universitário. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo com os neonatos menores de 1.500 g que nasceram em 2006 e receberam alta até dezembro do mesmo ano e foram seguidos até os 6 meses de vida. Os dados foram obtidos de fichas de atendimento no seguimento ambulatorial dos prematuros e contato telefônico com as mães. Dos 53 bebês estudados, 30,2% foram reinternados, 7,5% foram a óbito e 56,3% das reinternações foram por afecções respiratórias. Dos reinternados, 68,7% haviam permanecido mais de 60 dias na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; 68,7% estavam desmamados na reinternação; 37,5% dos reinternados não estavam em acompanhamento ambulatorial, enquanto apenas 19,8% dos que seguiam em acompanhamento foram reinternados. A incidência de reinternação apresentou associação estatística com o município de origem (p=0,007).

Acompanhamento dos desfechos clínicos no primeiro ano de vida de prematuros

“…Proportion and reasons for re-hospitalization similar to those described in the present study were also presented in the same study (4) : 30.2 % of 53 neonates requiring readmissions, with 56.3 % being due to respiratory conditions (4) . A study with a group of 48 children, with 24 of these being pre-term and 24 full-term, showed that 24 (100%) children in the group of prematurely born infants required hospitalization, remaining at the institution between three and 60 days, however, the study authors did not report the causes (13) .…”

“…In the present study, 33 weeks of gestational age represented the mean age of the NB monitored. Therefore, the lower gestational age as an inclusion criterion in the referred study from Paraná (4) could partly explain the higher mortality rate, even in a smaller follow-up time.…”

“…The difference in the follow-up time of children may explain the differences between the results presented by those authors and by this study. Likewise, a study that followed 53 newborn pre-term infants (gestational age <33 weeks) (4) , for six months, identified a mortality rate of 7.6%. In the present study, 33 weeks of gestational age represented the mean age of the NB monitored.…”

“…Nevertheless, their quality of life and survival at one year may be limited due to clinical and neurological sequelae and the demand of frequent hospital readmissions (3,4) . There is also evidence of a higher incidence of severe neurological damage such as cerebral palsy, disorders and mild developmental delays among survivors, boosting the conducting of research and creating the need for more information on the development and quality of life of these children (2) .…”

Bebês pré-termo: aleitamento materno e evolução ponderal

“…As taxas de AM e AME encontradas neste estudo apresentaram valores expressivos quando comparadas à prevalência de AM no conjunto das capitais brasileiras e no Distrito Federal, nas quais se constatou que, no ano de 2008 a duração mediana do AME foi de 54,1 dias (1,8 meses) e a duração mediana do AM foi de 341,6 dias (11,2 meses) (7) . Destaca-se ainda que a população do estudo atual constituiu-se de bebês prematuros, contexto este específico e no qual o processo de amamentação configura-se como um desafio, já que estes bebês apresentam imaturidade fisiológica e neurológica, que predispõe os mesmos a permanecerem em estado de alerta por períodos muito curtos, em função da hipotonia muscular e hiper-reatividade aos estímulos do meio ambiente (8) , fatores estes que interferem na iniciação e no estabelecimento da amamentação.…”