As queixas escolares na compreensão de educadoras de escolas públicas e privadas

Abstract

Este estudo verificou a compreensão de educadores de escolas públicas e privadas acerca das dificuldades enfrentadas no processo de escolarização, fenômeno conhecido por queixa escolar. Para tanto, foram entrevistadas vinte e quatro educadoras, constituindo dois grupos: G1- educadoras de duas escolas privadas, e G2- educadoras de duas escolas públicas. As entrevistas foram examinadas mediante análise de conteúdo e organizadas em categorias. Foi realizado um exercício de análise marxista, pois buscamos consonância com o referencial teórico utilizado: a Psicologia Histórico-Cultural, que possui como base metodológica o Materialismo Histórico-Dialético. Os resultados revelaram que, nos dois grupos (G1 e G2), as educadoras partem do pressuposto de que as queixas escolares estão diretamente relacionadas apenas com os alunos. Desta forma, as participantes desconsideram que a queixa/fracasso escolar seja produzida no interior da escola e entendem esta diretamente associada à organização e à estrutura social.

School Failure in the Perception of Adolescents, Parents and Teachers

“…However, it prevailed among adolescents and their parents the accountability of students (Guler, 2013;Oliveira & Macedo, 2011;Osti & Brenelli, 2013) and their family (Mocetti, 2012;Oliveira & Macedo, 2011), which corroborates findings from other studies. Similarly, teachers referred to students and their families, confirming the literature (Asbahr & Lopes, 2006;Bray & Leonardo, 2011;Gomes & Souza, 2009;Hjörne & Säljö, 2014;Kamal & Bener, 2009;Neves & Almeida, 1996), but expanded their understanding, pointing out to institutional and social issues about the context in which the participants were in, which they believed that interfered in the way the system was organized and produced school failure.…”

“…In this sense, different researchers have worked to know the students' vision on the school failure (Farid, 2012;Guler, 2013;Hancer, 2012, Lagana-Riordan et al, 2011Oliveira & Macedo, 2011;Osti & Brenelli, 2013), as well as their family (Chechia & Andrade, 2005;Costa et al, 2010;Marchesi & Lucena, 2004;Martinelli & Aguena, 2011;Neves & Santiago, 2009) or their teachers (Asbahr & Lopes, 2006;Bray & Leonardo, 2011;Gomes & Souza, 2009;Hjörne & Säljö, 2014;Kamal & Bener, 2009). However, there are few studies that investigate and relate all the mentioned systems (Ireland et al, 2007;Marchesi & Lucena, 2004;Neves & Almeida, 1996).…”

“…However, many revealed not knowing what to do so that their children could get a good school performance and were little involved with school issues (Chechia & Andrade, 2005;Costa et al 2010;Lahire, 2004;Neves & Santiago 2009). Teachers, in turn, attributed the school failure, above all, to the students themselves and also their families (Asbahr & Lopes, 2006;Bray & Leonardo, 2011;Gomes & Souza, 2009;Hjörne & Säljö, 2014, Kamal & Bener, 2009Ireland et al, 2007;Neves & Almeida, 1996). Asbahr & Lopes (2006) noted that little did the teachers mention teaching or school work as also responsible for school difficulties.…”

Encaminhamentos escolares de crianças com dificuldades na escrita: uma análise da posição adotada pela família

“…Regarding family members' views on the causes for the difficulties in reading and writing, the association of learners' individual aspects and those of their family settings was prevalent, a widespread view among professionals in the area 22 and in the media 23 . That fact could be apprehended in a study, a literature review by Leonardo, Leal and Rossato (2015) 24 on the underlying conceptions of learning complaints and explanations for academic failure, as 67% of the researched studies related learning problems to student, family and/or teacher-centered factors.…”

Crianças diagnosticadas com Síndrome de Irlen: análise de produções escritas.

“…Numa visão clínica pautada na lógica de causa e efeito, tais dificuldades, ao comprometerem a leitura, restringem o acesso e a aprendizagem da língua escrita, gerando sintomas, também, na escrita relacionados, especialmente, aos aspectos gráficos e ortográficos da língua 13,14 . diagnosticadas como portadoras de alterações e/ ou distúrbios de leitura e escrita 2,4,5 . A partir de tal perspectiva, produções escritas fora do padrão normativo da língua portuguesa, elaboradas por sujeitos que estão em processo de apropriação da leitura e escrita, vêm sendo consideradas como indícios de supostos distúr-bios relacionados às habilidades de codificação e decodificação dessa modalidade de linguagem.…”