2005
DOI: 10.1590/s1413-294x2005000200012
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Miscigenação versus bipolaridade racial: contradições e conseqüências opressivas do discurso nacional sobre raças

Abstract: Analisamos discursos de brancos acerca do modo bipolar de classificação racial. A abordagem teórico-metodológica adotada aqui enfatiza a função e os efeitos do discurso. Freqüentemente, nesses discursos, o modo bipolar é posicionado como racista e o povo brasileiro é apresentado como uma raça mestiça, como um povo sem divisões raciais. São discursos que terminam por obliterar o nosso racismo e a desigualdade entre negros e brancos no Brasil.

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

1
0
0
5

Year Published

2009
2009
2023
2023

Publication Types

Select...
3
2
1

Relationship

1
5

Authors

Journals

citations
Cited by 8 publications
(6 citation statements)
references
References 5 publications
(5 reference statements)
1
0
0
5
Order By: Relevance
“…The relative balance between percentages of white and non-white participants in the study population is in accordance with a study developed in Campinas-SP (16) , which affirms that, in Brazil, multi-polar racial classification is predominant, that is, there are blacks, mulattos, dark, mixed, colored, white people etc. In a documentary research at the Ribeirão Preto Medical…”
Section: Discussionsupporting
confidence: 87%
“…The relative balance between percentages of white and non-white participants in the study population is in accordance with a study developed in Campinas-SP (16) , which affirms that, in Brazil, multi-polar racial classification is predominant, that is, there are blacks, mulattos, dark, mixed, colored, white people etc. In a documentary research at the Ribeirão Preto Medical…”
Section: Discussionsupporting
confidence: 87%
“…No estudo de Oliveira Filho (2005), ele atua para amenizar o racismo no Brasil, em outro estudo desse mesmo autor (Oliveira Filho, 2009) ele combate as cotas para afrodescendentes, mas não há nenhuma necessidade lógica que determine ações desse tipo em todas as ocasiões em que ele é usado. Em outros termos, esse discurso, assim como todo e qualquer discurso, nem sempre construirá os seus objetos, as relações raciais no Brasil, os negros, os brancos, da mesma maneira, por isso é preciso em cada caso acompanhar a linha argumentativa em que ele é mobilizado.…”
Section: Discurso E Análise De Discursounclassified
“…Nos trechos a seguir, retirados de uma entrevista realizada com uma participante de uma pesquisa que abordava, entre outras coisas, o posicionamento de brasileiros brancos sobre o modo bipolar de classificação racial (Oliveira Filho, 2005), pode-se observar a inconsistência discursiva que tem despertado o interesse dos psicólogos discursivos e, também, a consistência ressaltada por Augoustinos e Walker. No primeiro trecho, formula-se um argumento crítico ao uso de categorias como "moreno", "mulato", acionadas frequentemente para nomear afrodescendentes no Brasil, categorias que deveriam, segundo a entrevistada, ser substituídas pela categoria "negro".…”
Section: Variabilidade Discursivaunclassified
“…Em continuação, Geertz sugere que essa noção influencia diretamente nossas tomadas de decisão, afetando como: o "de que xiitas, digamos, por serem outros, constituem um problema, mas os torcedores de futebol, por exemplo, por serem parte de nós, não o constituem, ou, pelo menos, não são um problema do mesmo tipo" (p. 74). "Se quisermos ser capazes de julgar com largueza, como é óbvio que devemos fazer, precisamos ser capazes de enxergar com largueza" (p. 85).…”
Section: Desenvolvimentounclassified