Como as mães de uma creche domiciliar percebem o trabalho de tomar conta de crianças?

Abstract

O presente artigo tem como objetivo analisar as trajetórias de vida e profissão de um grupo de mães e os sentidos que elas atribuem ao trabalho de tomar conta de crianças em uma creche domiciliar, no município de São Gonçalo (RJ). O referencial teórico abrange estudos da sociologia e antropologia voltados para famílias das camadas populares, gênero, trabalho e educação. As análises evidenciam que os sentidos traduzem uma perspectiva familiarista de educação, que ocorre por meio da delegação da criação dos filhos à tomadora de conta de crianças.

Direito À Educação Infantil Na Produção Acadêmica: Busca Por Vagas Nessa Etapa Da Educação Básica

“…Reafirma as reflexões de que a experiência com o atendimento prestado aos filhos nos centros de EI ou nas creches pode modificar as concepções maternas sobre a função desse serviço (MORO, 2004). Também Delgado (2005), em pesquisa sobre essa temática, ressalta sentimentos das famílias, como ciúme e culpa, ideia de proteção às crianças, expectativa de futuro melhor para os filhos, disponibilidade de tempo e flexibilidade de horários ofertados na creche. Casanova (2011) busca compreender os sentidos das atividades realizadas na creche para as famílias, indicando que as mães também reconhecem a creche como um lugar para aprender, mas essa constatação se faz na relação com a própria criança e não por intermédio dos profissionais da creche (CASANOVA, 2011).…”

“…,Corrêa (2003),Moro (2004),Delgado (2005),Cury (2008) eRocha (2008), com o objetivo de evidenciar a abordagem dos avanços, tendo em vista o direito à EI.Nesse propósito, emRocha (2008), encontramos síntese do acervo científico apresentado no decorrer dos 30 anos das Reuniões Anuais da Anped. Na análise da produção, observamos o caráter político das reuniões e percebemos ainda que o início do GT07 coincide com o crescimento da temática nos programas de pós-graduação, o que parece fortalecer a organização num movimento conjunto de estudos: Sua organização resultou de um esforço conjunto dos recém-criados programas de pós-graduação em Educação no país, com o objetivo de articular a produção de conhecimento sobre a educação com a reflexão e definição das políticas públicas para a educação.…”

Determinação de fatores de risco para a queda infantil a partir do modelo Calgary de avaliação familiar

“…Dentre as seis famílias estudadas, obteve-se 3 monoparental, 2 nucleares e 1 ampliada. Conforme a literatura, a família nuclear e a monoparental são as mais comuns na realidade brasileira (19) . Selecionaram-se duas famílias para a realidade do presente estudo, uma nuclear e uma monoparental.…”

“…Um estudo visando identificar os sentidos do trabalho para as mães encontrou que, infelizmente, quando as mães ou os pais trabalham fora de casa não conseguem cuidar dos filhos como gostariam, delegando essa função, principalmente, para outras mulheres (educadoras) e professoras de creches. Não importa o motivo deste trabalho: seja para sustentar a casa, para aumentar a renda familiar ou para se conseguir uma cota de felicidade (19) .…”

A educação infantil: reflexões a partir do tema do financiamento e conveniamento em periódicos nacionais

“…A partir da perspectiva da primeira concepção, as escolas comunitárias e creches domiciliares também são estratégias muito comuns em todo o país para o atendimento de crianças pequenas (pobres), sendo incentivadas por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial (BM) (ROSSETTI-FERREIRA, RAMON;SILVA, 2002;HADDAD, 2006;CAMPOS;CAMPOS, 2009;PENN, 2002;ROSEMBERG, 1999ROSEMBERG, , 2001ROSEMBERG, , 2002ROSEMBERG, , 2003, embora não correspondam ao padrão mínimo de qualidade estabelecidos na Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira (LDB) e, são oferecidas por serem de baixo custo. Conforme apontamentos de Costa (2001), Cruz (2001), Delgado (2005) e Silva (2001), evidenciam-se, nessas instituições, casos de falta de salubridade, formação docente, planejamento pedagógico etc. Diante desse panorama, surgiu a necessidade de compreensão do lugar da educação infantil nas políticas públicas e a discussão e análise de pesquisadores sobre a temática, com base na divulgação em periódicos científicos nacionais de educação.…”