O artigo problematiza a utilização do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) pelos gestores escolares e reflete sobre a perspectiva de qualidade de gestores escolares de duas escolas municipais de Floriano - Piauí. Realiza a produção de dados em três etapas metodológicas (observação, entrevista semiestruturada e análise documental) utilizando uma abordagem qualitativa. Utiliza como fundamentação teórica Mello e Bertagna (2016), Ferrarotto (2021), Schneider e Nardi (2014) Silva (2009) e Fonseca (2009) abordando conceitos de gestão, avaliação e qualidade da educação. Os dados apontam a possibilidade de ampliar o uso dos indicadores do IDEB para além do sistema de bonificação, o que pode alargar a perspectiva de avaliação em espaços de gestão escolar. Conclui-se, sugerindo fomento de políticas públicas que possibilitem melhorar as condições de infraestrutura e espaços de formação dos gestores. Demarca a necessidade de protagonismo, valorização dos instrumentos de escuta e autonomia, com viabilização de processos de participação.
Integrando a luta pela ampliação do direito à educação, a Educação Infantil (EI) vem ganhando afirmação social, evidenciando demandas por ampliar a oferta e, simultaneamente, qualificar o atendimento. Com isso, destacam-se discussões referentes a sua função pedagógica, abarcando a docência e os processos formativos. Nesse contexto, circunscrevendo as políticas públicas de formação, este artigo decorre de pesquisa desenvolvida a partir da implementação da especialização em docência, acompanhando uma turma de 36 professoras atuantes na EI. Com referenciais teórico-metodológicos bakhtinianos, por meio de abordagem qualitativa exploratória, focaliza as trajetórias de formação com procedimentos de produção de memoriais, de aplicação de questionário e de mobilização de grupo focal. Na atenção às relações dialógicas que constituem as vivências na EI, apresenta três eixos de análises, referentes ao trabalho docente, as motivações para a atuação e as proposições de práticas pedagógicas. Como síntese, assinala a emergência de uma dialogia (intensa e, por vezes, tensa) que, integrando variados interlocutores, insta a discussão sobre a identidade da EI e, consequentemente, sobre a constituição da docência nesse campo, no bojo dos desafios que movem a luta pela garantia do direito à educação.
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A partir de dados de pesquisa de doutorado, este artigo objetiva analisar o perfil formativo de docentes atuantes nos cursos presenciais de Pedagogia dos Institutos Federais, tematizando a educação infantil na formação inicial. Com pressupostos teórico-metodológicos bakhtinianos, apresenta análise documental de 532 currículos Lattes de professores(as) vinculados(as) a 27 cursos, identificando graduação e pós-graduação desses(as) docentes. Como resultados, aponta a heterogeneidade nas trajetórias acadêmicas, observa o caráter interdisciplinar dos cursos e sinaliza implicações na graduação, sobretudo quando consideradas as especificidades para o exercício profissional na educação infantil. Com isso, aponta a necessidade de investimento na formação continuada dos(as) docentes formadores(as) e de valorização da pesquisa, do ensino e da extensão voltados à educação, em vinculação com a formação de professores(as) para o exercício na primeira etapa da educação básica.
Reflete sobre as mudanças estabelecidas pela Resolução nº 2/2019 e analisa sua relação com a gestão e a formação nos Currículos de Cursos de licenciatura, em especial no Curso de Pedagogia. Nesse sentido, esta pesquisa utiliza estudos de Paulo Freire para observar os conflitos sociais globais que influenciam em projetos educacionais, especialmente no âmbito da formação de professores. Para isso, fundamenta as discussões a partir dos conceitos de arbitrariedade e anestesia histórica. As análises indicam o avanço da gestão de concessões, do trabalho técnico e da formação para gestor em etapas e modalidades educacionais, demonstrando, desse modo, a necessidade de resistir à implementação de políticas de regulação das licenciaturas no Brasil.
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