O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica multissistêmica, de caráter autoimune e de etiologia idiopática, marcada pelo aumento da atividade do sistema imunológico e pela síntese de autoanticorpos. O envolvimento renal no LES ocorre clinicamente em cerca de 60% dos pacientes e pode determinar alterações tubulares, intersticiais, vasculares e glomerulares. O tratamento é urgente e sua escolha pode ser direcionada pela biópsia renal, a partir da qual é possível classificar os tipos de glomerulonefrite lúpica. Neste contexto, este estudo objetivou relatar o caso de uma paciente jovem adulta, portadora de LES, que evoluiu com Nefrite Lúpica em 15 dias e apresentou remissão completa imediatamente após a pulsoterapia. Para tal exposição, foram coletadas informações retrospectivas e qualitativas, obtidas diretamente a partir de dados de prontuários de diferentes especialistas, exames, laudos, receituários e relatórios de procedimentos. Foi evidenciado certa dificuldade diagnóstica inicialmente, contudo, houve sucesso terapêutico após terapia com metilprednisolona, ciclofosfamida, azatioprina e prednisona, mesmo frente a possibilidades de evolução para doença crônica renal. Concluiu-se, então, que essencial importância deve ser dada aos critérios diagnósticos de glomerulonefrite lúpica frente à qualquer sinal de comprometimento renal no paciente portador de LES. Igualmente importante, é a implementação adequada do tratamento, que requer não só uma equipe multiprofissional experiente, mas também uma unidade hospitalar que ofereça serviços eficazes e tecnologias estruturais adequadas à complexidade da terapia imunossupressora.