2008
DOI: 10.1590/s0104-93132008000100002
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A guerra dos alfabetos: os povos indígenas na fronteira entre o oral e o escrito

Abstract: Entre as experiências mais marcantes da história do encontro entre populações indígenas e colonizadores estão a descoberta, a entrada, a aquisição e o impacto da escrita, com seus inevitáveis corolários: alfabetização, letramento e escolarização. Instrumentos delicados e ao mesmo tempo poderosos nas mãos dos agentes "civilizadores", essas experiências operam mudanças significativas nas sociedades indígenas. Pouco se tem refletido sobre este tema no âmbito da história dos povos indígenas no Brasil e pouco se te… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
3
1
1

Citation Types

0
5
0
8

Year Published

2011
2011
2022
2022

Publication Types

Select...
8

Relationship

0
8

Authors

Journals

citations
Cited by 23 publications
(17 citation statements)
references
References 0 publications
0
5
0
8
Order By: Relevance
“…Argumento que tanto nas narrativas das suas ‘descobertas’, oferecidas pelos especialistas, quanto nas criações contemporâneas produzidas pelos jovens Cottica Ndyuka, a afaka inscreve, por meio de signos que se aproximam de e repelem outros signos, formas de comunicação dos Ndyuka com o mundo não‐ maroon . Sua feição comunicativa não parece residir na capacidade dos signos e fonemas formalizarem ou transformarem códigos de linguagem verbais (Franchetto :31). Minha leitura dos usos da afaka não pressupõe que seus sinais queiram ‘representar’ um conhecimento específico, pois seus significados dependem de sucessivos movimentos de comunicação agenciados por pessoas Ndyuka em diferentes lugares e momentos.…”
Section: Sobre Livros E Sinais: Inscrições Da Diferença Entre Os Cottunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Argumento que tanto nas narrativas das suas ‘descobertas’, oferecidas pelos especialistas, quanto nas criações contemporâneas produzidas pelos jovens Cottica Ndyuka, a afaka inscreve, por meio de signos que se aproximam de e repelem outros signos, formas de comunicação dos Ndyuka com o mundo não‐ maroon . Sua feição comunicativa não parece residir na capacidade dos signos e fonemas formalizarem ou transformarem códigos de linguagem verbais (Franchetto :31). Minha leitura dos usos da afaka não pressupõe que seus sinais queiram ‘representar’ um conhecimento específico, pois seus significados dependem de sucessivos movimentos de comunicação agenciados por pessoas Ndyuka em diferentes lugares e momentos.…”
Section: Sobre Livros E Sinais: Inscrições Da Diferença Entre Os Cottunclassified
“…Ao expressar gráfica, pictórica e conceitualmente, modos de produzir e circular conhecimentos no mundo Maroon sempre marcado pela alteridade, a presença do Outro ‐ o mundo bakaa , ao qual o primeiro se opõe ‐ a afaka pode ser compreendida como um “emblema”, “metáfora” (Franchetto ) e efeito da perspectiva Maroon sobre a diferença. Mais e menos que ideias sobre modos de conceber e habitar mundos, a diferença é, também, uma coisa: uma forma gráfica, um caderno, um papel.…”
Section: Conclusãounclassified
“…One of the purposes of these studies has been to understand the specific characteristics of writing in relation to the forms of knowledge typical of some peoples (Cesarino, 2012;Macedo, 2009) or the orthographization of some languages and issues concerning writing and translation (Franchetto, 2008(Franchetto, , 2012. Many studies have approached the presence of writing derived from the school context, exploring the dynamics of appropriation and its consequences in schools and in communities (D'Angelis; Veiga, 1997;Teixeira, 2005;Gerken et al, 2014;Mendonça, 2014;Neves, 2009, and others).…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…The current debate about schools in indigenous communities has focused on the observation of aspects that can affirm or not the diversity and specificity of school content and the organization of time and space (COLLET, 2010;FRANCHETTO, 2008), policies on school services and teacher education (SILVA, 2002;BRUNO, 2011), and the appropriateness of these aspects to current legislation and educational guidelines (GRUPIONI, 2008;TASSINARI;GOBBI, 2009). In general, research in this field informs that indigenous communities are conducting their schooling through paths that can be defined as a synthesis of non-indigenous elements, such as the idea of school, with elements of indigenous communities, such as their specific forms of intergenerational relationships, of obtaining food, and of communication.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%