Desde o nascimento, meninas e meninos iniciam uma viagem pela qual seus destinos vão sendo demarcados. A cultura e a sociedade informam e inscrevem sobre os seus corpos atitudes, gestos, valores e expectativas de acordo com seu sexo. A família e a escola são as primeiras instituições que atuam nesse sentido. Através de mecanismos sutis, elas legitimam as diferenças de gênero de forma natural e imperceptível. Diante dessa observação, inúmeras inquietações surgem: como essas práticas são construídas? Quais os mecanismos utilizados para que elas se perpetuem? É importante pensar sobre esse aspecto, pois só a partir desse reconhecimento pode-se tornar possível uma educação não sexista. A investigação, de cunho bibliográfico, evidenciou a ação da escola e outras instituições que atuam na regulação de corpos, oferecendo elementos para desnaturalizar os estereótipos de gênero. Revisitar um tema tão dinâmico e complexo como gênero, corpo e educação permite refletir e problematizar as questões que envolvem esse entrecruzamento de temas, oferecendo subsídios para despertar uma transformação no olhar e desconstruir estereótipos tão presentes dentro desse campo.