RESUMOEste artigo apresenta o contexto histórico do surgimento da categoria da empregada doméstica, seu perfil sociodemográfico e as leis que regulamentam essa ocupação, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa basicamente qualitativa, que partiu dos estudos de Le Guillant, relativos à "condição de empregada doméstica". O levantamento de dados baseou-se em entrevistas semiestruturadas com oito empregadas domésticas residentes em Belo Horizonte. Apesar das lutas da categoria e dos avanços legais que regulamentaram a profissão, com a Lei Complementar nº 150/2015, constatou-se que o trabalho doméstico ainda é fonte de ressentimentos e humilhações. Os depoimentos das participantes evidenciam os impactos negativos sobre sua subjetividade, já que a profissão é ainda objeto de estigmatização e discriminação, por parte dos empregadores e da sociedade.
Palavras-chave: Trabalho; subjetividade; empregada doméstica.ABSTRACT This article presents the historical context of the emergence of maid category, its sociodemographic profile and the laws that regulate this occupation in Brazil. This is basically a qualitative research that began in Le Guillant studies on "maid condition ". The data collection was based ), revelando que a cor ou raça negra é predominante na categoria de empregada doméstica. Entre 2011 e 2014, a proporção de mulheres negras ocupadas nos serviços domésticos, no país, cresceu de 56,9% para 61,0%. Além disso, 48,9% das trabalhadoras em serviços domésticos têm baixa escolaridade, em geral com apenas o ensino fundamental incompleto.