Painéis de madeira aglomerada de resíduos da laminação de diferentes procedências de Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna e Eucalyptus cloeziana

Abstract

RESUMO:Com este trabalho, objetivou-se fazer a avaliação de 15 procedências de espécies de Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna, com idade de 31 anos, sendo que esse teste foi instalado no campus da Universidade Federal de Lavras. Foram fabricados 6 painéis aglomerados para cada procedência, a partir dos resíduos gerados pela laminação desse material. Foi utilizado o adesivo uréia-formaldeído com 8%, e parafina a 1%, ambos com base nos seus respectivos teores de sólidos. Os painéis foram prensados à temperatura de 160ºC, pressão específica de 3,92MPa por tempo de 8 minutos. A partir dos resultados concluiuse que: em absorção de água, destacou-se a espécie Eucalyptus saligna; em inchamento em espessura, a procedência 43 mostrou melhor desempenho dentro da espécie de Eucalyptus grandis; foram obtidos resultados superiores para Eucalyptus cloeziana no que se refere à compressão e MOE; para Eucalyptus grandis, a procedência de número 10695 apresentou melhores propriedades de MOE e MOR. De forma geral, a procedência 10.695 e as espécies de Eucalyptus grandis foram as que apresentaram maiores potenciais para a produção de painéis aglomerados.Palavras-chave: Painéis aglomerados, eucalipto, procedências. WOOD PATICLEBOARDS MADE FROM RESIDUES OBTAINED IN THE VENEER PRODUCTION OF EUCALYPT SPECIES AND PROVENANCES INTRODUÇÃOOs painéis aglomerados caracterizam-se pela transformação da madeira em pequenas partículas que, secas e misturadas com adesivos sintéticos termofixos e distribuídas aleatoriamente entre si, são prensadas sob calor e pressão, gerando um painel particulado (MOsLEMI, 1974;TsOUMIs, 1991). De acordo com esse conceito, pode-se dizer que todo e qualquer material lignocelulósico tem potencial de ser utilizado como matéria-prima para a fabricação de chapas de partículas.Nesse sentido confere a oportunidade de utilização de resíduos florestais e agroindustriais na sua produção.De acordo com Kubler (1980) o painel aglomerado nasceu da necessidade de se utilizar resíduos lignocelulósico, uma vez que, próximo a segunda Guerra Mundial, houve uma escassez de madeira sólida. Desde então esse painel vem sendo produzido e utilizado em grande escala. Dados da Food and Agriculture Organization -FAO (2011) apontam que a produção mundial cresceu de 79.366.400 para 93.949.802 metros cúbicos, entre os anos de 1999 e 2009.

Particleboard Panels Produced with Different Radial Positions of Pinus oocarpa Wood

“…A possible alternative for the use of residues is the production of particleboard panels, which may be produced from any lignocellulosic material, considering that they present good physical and mechanical properties (Mendes et al, 2010). Some studies have been conducted on the use of wood residues for the production of particleboard panels, obtaining good results with the use of chips and shavings generated by the planning of sapwood and/or heartwood (Dacosta et al, 2005;Cabral et al, 2007), with different sawmill residues (Iwakiri et al, 2000(Iwakiri et al, , 2012Felix et al, 2016) from log rounding process for lamination (Guimarães et al, 2011) and for particleboard production in laboratory scale. Although it is well known that anatomical, physical, chemical and mechanical differences between the regions of a wood log provide different types of bonding and resistance to particleboards, directly affecting the final quality of panels and their applications, no studies comparing the effects of different wood radial regions on particleboard properties have been conducted to date.…”

Aproveitamento do casquilho de soja para a produção de painéis aglomerados convencionais de baixa densidade

“…O valor inferior da densidade média dos painéis em relação à densidade nominal de 0,60 g cm -³, pode ser atribuída às condições do processo produtivo dos painéis, no qual pode haver perdas de materiais durante o manuseio das partículas nas etapas de aplicação de adesivo, formação do colchão e prensagem dos painéis. Resultados semelhantes foram relatados por diversos autores na literatura (Guimarães Júnior et al, 2011;Mendes et al, 2010b).…”

“…No Brasil, as indústrias fabricantes de painéis aglomerados utilizam madeiras provenientes de florestas plantadas (Pierre et al, 2014), principalmente dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Para atender à demanda cada vez mais crescente por madeira, há necessidade de não somente aumentar a área de plantios com essas espécies, mas também de diversificar os tipos de matérias-primas utilizadas para a produção dos painéis de partículas (Guimarães Júnior et al, 2011).…”

“…Nesse sentido, foi sendo buscado diferentes fontes lignocelulósicas que apresentem potencial para substituírem, em partes ou até mesmo totalmente, a madeira na produção dos painéis particulados. O propósito inicial era aproveitar os resíduos florestais na sua fabricação, porém, essa prática ainda é incipiente em nível industrial, restringindo-se a trabalhos acadêmicos, realizados em escala laboratorial (Guimarães Júnior et al, 2011).…”

Avaliação do potencial de uso de seis espécies do gênero Eucalyptus na produção de painéis de lâminas paralelas - LVL

“…Dentre os mesmos, cabe citar o trabalho de Guimarães Jr. et al (2009) que avaliaram a qualidade de lâminas e compensados de 15 procedências advindas de espécies de Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus saligna e Eucalyptus grandis, com 31 anos de idade, e concluíram que as mesmas apresentam grande potencial para a produção de lâminas e compensados. Bortoletto Jr. (2003) avaliou o comportamento de várias espécies de eucalipto para produção de lâminas e compensados, tendo obtidos resultados satisfatórios para Eucalyptus pilularis, E.…”