“…Historicamente, a mulher é sub-representada nas instâncias políticas de poder, resultado de vários fatores sociais e institucionais, tais como a saída tardia da esfera privada e dupla jornada de trabalho (Araújo, 2001;Miguel, 2014), o sistema eleitoral, o tamanho do distrito (Araújo & Alves, 2007) e o financiamento de campanha (Sacchet & Speck, 2012), já que as candidatas tendem a receber menos recursos do que os candidatos. Durante a campanha, para que as mulheres tenham condição de competir igualmente, é necessário que elas ganhem visibilidade nos programas eleitorais no rádio e TV tanto quanto os homens, pois o HGPE é importante para grupos que não possuem um nicho eleitoral geográfico (Albuquerque, Steibel & Carneiro, 2008) e, no caso especí-fico das mulheres, tendem a depender mais da exposição de suas imagens, já que não conseguem se inserir em espaços anteriores à campanha (Massambani & Cervi, 2011).…”