Saúde pública e as empresas químico-farmacêuticas

Abstract

O artigo trata da formação da indústria farmacêutica brasileira. Aborda algumas questões de história econômica e social, tais como o surgimento do sistema de saúde pública, as práticas de combate às doenças infecciosas, desde as desinfecções e produção de substâncias químicas pela indústria, à soroterapia e produção de soros e vacinas nas instituições de pesquisa científica públicas e nas empresas farmacêuticas privadas. Toma para análise da indústria farmacêutica privada nacional, a empresa Instituto Pinheiros - Produtos Terapêuticos S.A., enfatizando as relações entre seus cientistas, no desenvolvimento de produtos, de tecnologia e da própria discussão científica com as instituições públicas de pesquisa criadas no âmbito da política de saúde pública pelo estado de São Paulo.

História da talidomida no Brasil a partir da mídia impressa (1959-1962)

“…Maria Alice Rosa Ribeiro (2001) indica que São Paulo foi território propício para o desenvolvimento da ciência brasileira ligada à medicina e à farmácia, bem como para a institucionalização das ciências microbiológicas ao longo da primeira metade do século XX. A historiadora destaca que na capital:…”

ASPECTOS GERAIS E IMUNOLÓGICOS DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS PULMONARES E O USO DA Punica granatum l. COMO PRODUTO NATURAL ANTI-INFLAMATÓRIO

“…Por sua vez, esses intermediários de síntese compõem a cadeia inferior, já que fazem parte da primeira etapa da cadeia produtiva da indústria de química fina, onde as substâncias produzidas servem como matérias-primas para a produção dos fármacos.Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar um apanhando de informações sobre a evolução histórica da indústria farmoquímica no Brasil, conhecendo seu cenário atual e todas as barreiras enfrentadas que dificultam o desenvolvimento da mesma(FONSECA, 2011). muito se deu, também, por conta da ausência de mecanismos legais que tratassem do segredo industrial e das patentes, por exemplo(RIBEIRO, 2001). No decorrer dos anos, a indústria farmacêutica nacional começou a enfrentar alguns obstáculos, como o controle de preço do governo; a criação da Lei de Patentes; dificuldades de acesso à mídia e o aumento dos requisitos na concessão de registros de novos medicamentos por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão este criado em 1996.…”

Médicos e farmacêuticos na terapia popular: uma trajetória de suas profissões no Estado de São Paulo e na Inglaterra (1815-1930)

“…Este crescimento industrial esteve conectado ao combate das doenças infecciosas, às práticas sanitárias de prevenção e às instituições de pesquisa básica (Ribeiro, 2001;Bermudez, 1995 (Costa & Rozenfeld, 2000).…”

“…Também foi marcada por uma época com novas conformações sociais, políticas e econômicas (Ribeiro, 2001). Por conta disso, não somente de novas invenções industriais, como também de métodos próprios de 'doutores populares'; os próprios periódicos ironizavam as práticas de terapia destes populares.…”

“…O desenvolvimento das primeiras indústrias no país, da ciência e da tecnologia foram marcas importantes após a proclamação da república (Silva, 2003;Ribeiro, 2001;Rainho, 1996). Segundo Prado Júnior (1986), apesar da pequena parcela de indústrias aqui na Primeira República, houve um estímulo ao estabelecimento industrial por conta da disponibilidade de matérias-primas, mão-de-obra e baixos preços, principalmente pela economia voltada para a exportação de gêneros tropicais.…”