, Vanessa Panda Deuschle (3) RESUMO Tema: terapia com gêneros textuais em um grupo de escolares. Objetivos: analisar os resultados terapêuticos a partir da introdução de gêneros textuais como funcionamento terapêutico em um grupo de escolares com queixa de distúrbios de aquisição da linguagem escrita. Procedimentos: participaram deste estudo cinco sujeitos, matriculados na 5ª ou 6ª série do ensino fundamental, em escolas distintas da rede pública de ensino da cidade de Santa Maria/RS, com idade entre 10 e 13 anos e histórico de fracasso escolar e repetência. A análise da produção textual com temática livre foi realizada por meio do protocolo de Lubian (2007). A intervenção terapêutica se deu entre setembro de 2007 e junho de 2008. Ao término do trabalho terapêutico a produção textual foi novamente analisada segundo o mesmo protocolo. Resultados: o trabalho com gêneros textuais facilitou a motivação para ler e escrever e teve, como consequência, a melhoria da progressão e coesão textuais, além da adequação dos aspectos formais da escrita como ortogra a e pontuação. O trabalho em grupo foi essencial para que os integrantes pudessem ressigni car os sentidos atribuídos à queixa a partir de constante diálogo com troca de experiências de situações escolares e familiares. Conclusão: a terapia com gêneros textuais foi motivador para outras práticas de leitura e escrita no grupo estudado. Além disso, o estudo de casos demonstra que não se tratam de distúrbios, mas práticas de letramento insu cientes. Con ito de interesses: inexistente forma efetiva da escrita, e passam a ver esta como algo difícil de ser aprendido. A escola, por sua vez, acaba por rotular estas crianças como "maus alunos", "alunos problema", "desatentos", "indisciplinados" e até mesmo "disléxicos". Esses rótulos, na maioria dos casos, prejudicam ainda mais o desenvolvimento das crianças, pois estas passam a acreditar que possuem uma patologia que as impedirá de aprender com sucesso 1 . No entanto, sabe-se que a grande maioria dos casos de distúrbios de leitura e escrita tem como causa principal práticas de letramento limitantes, insu cientes, ou até mesmo ausentes 2 . Em geral, as práticas textuais são descontextualizadas, com enfoque principal, por parte do professor, nos aspectos ortográ cos na correção textual 3 . Na prática fonoaudiológica tem sido usual, nas abordagens de escrita como código, observar a mesma dinâmica de ensino escolar. O trabalho fonoaudiológico que enfoca a escrita, usualmente,
DESCRITORES:
INTRODUÇÂOA aquisição da linguagem escrita tem início antes da entrada na escola, tornando-se formal por volta do sétimo ano de vida das crianças. Contudo, muitas delas não conseguem se apropriar de