Peculiaridades da doença arterial coronária na mulher

Abstract

INTRODUÇÃOHá algumas décadas, admitia-se que a doença arterial coronária era uma "doença do homem" e, assim, raramente se manifestava na mulher. Desse modo, os sintomas de precordialgia, que sugeririam o diagnóstico de doença coronária no homem, eram subestimados se apresentados por uma mulher. Os estudos de prevenção de doenças cardiovasculares e os ensaios clínicos com medicamentos excluíam e ainda hoje excluem as mulheres, ou elas constituem a minoria (em geral 10%). Os métodos diagnósticos para a doença coronária, não-invasivos e invasivos, são freqüentemente indicados na avaliação dos homens, mas menos na avaliação das mulheres. Na atualidade, essa visão simplista da doença cardiovascular na mulher não mais se justifica. A cada ano, 2,5 milhões de mulheres norte-americanas são hospitalizadas por doença cardiovascular, 500.000 morrem e, destas, metade por doença arterial coronária 1 . Desse modo, a doença coronária tornou-se a principal causa de morte no sexo feminino do mundo ocidental, maior que o câncer de útero, de mama ou mortes no parto. A mudança do padrão de vida das mulheres talvez explique, em parte, a ocorrência de dados tão alarmantes: ao lado das responsabilidades tradicionais com a casa, filhos, marido e parentes idosos, as mulheres adquiriram as responsabilidades "do homem". Trabalho fora do lar e necessidades financeiras decorrentes de abandono, divórcio e viuvez são exemplos disso. Ao mesmo tempo, as mulheres adquiriram "hábitos de homem": dietas irregulares e sem restrição de gorduras e carboidratos, fumo, álcool, falta de atividade física regular e de repouso adequado. ; o valor do HDL mostrou-se o maior preditor de risco em mulheres, superando os outros fatores , incluindo o CT. Em particular, a relação CT/HDL > 5.0 associa-se a alto risco de eventos coronários; se o CT/HDL > 7.5, o risco da mulher fica semelhante ao do homem e admite-se que a relação CT/HDL é a única dentre as relações entre lípides que se

Arguição do perfil epidemiológico da Hipertensão Arterial Primária no Brasil de 2018 a 2022

“…É possível que isso ocorra pela falta de protocolos terapêuticos efetivos e pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde naquela região. 1,2,16,17,18 Os recursos encontrados em cada município, os valores da população adscrita e a capacidade de resolutividade da Atenção Básica também se relacionam aos achados deste estudo 1,2,19,20 Por esse mesmo motivo sugere-se que o Norte tenha apresentado a maior Taxa de mortalidade (Figura5), pois além desses problemas anteriormente citados, estatisticamente apresenta um menor contingente populacional, fato esse que o coloca proporcionalmente com maior mortalidade do que a região nordeste, que apresenta maior número de casos e óbitos 1,2,3,21,22 Quanto ao sexo, o estudo mostrou maior prevalência de internações por HAP em mulheres com 57,72% dos casos totais (Figura 3) Esse maior índice no sexo feminino pode ser explicado pelo maior risco ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares a que esse grupo está exposto. 1,2,3,21,22,23 Soma-se a isso, a aquisição de hábitos que eram típicos dos homens como o tabagismo, etilismo, descanso inadequado, trabalho exaustivo, o que resulta em risco aumentado para hipertensão.…”

Qualidade de Vida de pacientes submetidos à revascularização do miocárdio

“…In general, cardiovascular disease in women is manifested ten years later than in men and is associated with multiple concomitant risk factors. (15,16) Assessment of Quality of Life in the physical domain aspect of the generic instrument showed the worst score before coronary artery bypass surgery. This domain assesses mainly daily activities, demonstrating the major limitation of the patient in these activities as a result of the aging process and its comorbidities and thus a worse Quality of Life.…”

Relação Entre Atividade Física, Aptidão Física E Risco Cardiovascular: Estudo Em Muzambinho, Minas Gerais

“…O sexo feminino se associou a menor IMC, CC, glicemia e, portanto, ao menor RCG, o que está de acordo com a proposição de que a mulher, principalmente em idade fértil, apresenta menor risco cardiovascular que o homem. 28 Em relação à idade, houve associação positiva com colesterolemia, PAS, PAD e RCG, demonstrando que indivíduos mais velhos tinham maiores valores de todos esses indicadores, como amplamente conhecido. 12 Além disso, a idade se associou negativamente com o IMC e com a CC, sugerindo que dentro dessa população jovem, os mais novos têm maiores índices de obesidade geral e central, o que torna o problema da obesidade ainda mais evidente.…”