1997
DOI: 10.1590/s0104-42301997000400004
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Graduação médica e especialização: uma incompatibilidade aparente

Abstract: RESUMO -OBJETIVO. Este artigo apresenta resultados parciais da pesquisa, desencadeada a partir de 1989, de avaliação continuada do ensino de graduação médica da Escola Paulista de Medicina (EPM), com a qual se implantou amplo processo de avaliação institucional.METODOLOGIA. O estudo, de base amostral, envolve o levantamento de expectativas e opiniões de docentes, alunos e egressos, constituindo três subprojetos específicos.RESULTADOS. Os autores chamam a atenção para não-terminalidade da formação médica na EPM… Show more

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“…Neste estudo, a inserção de uma grande parte dos egressos em programas de residência médica (PRM) nacional ou estágio supervisionado em especialidade médica, pode refletir como um melhor caminho para o preparo destes médicos após a graduação como forma de sanar as deficiências do ensino médico e para a formação de médicos especialistas (CREMESP, 2007a). Entretanto, faz-se necessário uma reflexão sobre esse comportamento desmedido voltado para a especialização, como resultado do modelo flexneriano, tecnicista, e de fragmentação do conhecimento, uma vez que contraria as bases da medicina holística, do modelo biopsicossocial, priorizando a doença e não o ser integral (Dantas, 2006;Feuerwerker, 1998), principalmente porque o modelo pedagógico da UFAC foi instituído com o intuito de formar "médico de família" de modo a prover de recursos humanos o Programa de Saúde da Família do SUS, modelo este que gerou inclusive críticas de entidades médicas e o descontentamento dos estudantes do curso (Stella, 1997) .…”
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“…Neste estudo, a inserção de uma grande parte dos egressos em programas de residência médica (PRM) nacional ou estágio supervisionado em especialidade médica, pode refletir como um melhor caminho para o preparo destes médicos após a graduação como forma de sanar as deficiências do ensino médico e para a formação de médicos especialistas (CREMESP, 2007a). Entretanto, faz-se necessário uma reflexão sobre esse comportamento desmedido voltado para a especialização, como resultado do modelo flexneriano, tecnicista, e de fragmentação do conhecimento, uma vez que contraria as bases da medicina holística, do modelo biopsicossocial, priorizando a doença e não o ser integral (Dantas, 2006;Feuerwerker, 1998), principalmente porque o modelo pedagógico da UFAC foi instituído com o intuito de formar "médico de família" de modo a prover de recursos humanos o Programa de Saúde da Família do SUS, modelo este que gerou inclusive críticas de entidades médicas e o descontentamento dos estudantes do curso (Stella, 1997) .…”
Section: Resultsunclassified
“…Todavia, estima-se que cerca de 40% dos formandos em medicina não terão acesso aos Programas de Residência Médica, a expansão privada do ensino médico não tem mostrado interesse em investir em residência médica, e necessariamente deve haver uma política de expansão de vagas em residência médica, pois existe capacidade instalada para esta expansão nas áreas básicas (Bueno & Pieruccini, 2004). Dos que estão fazendo outros cursos como pós-graduação, tais como mestrado, verificamos um percentual abaixo do encontrado em outros trabalhos (Torres et al, 2012;Stella, 1997). É importante relacionar a importância não somente dos cursos de residência médica no local de graduação, mas do comprometimento da unidade formadora em oferecer cursos de mestrado e doutorado como forma de garantir qualidade e continuidade da formação de seus egressos, inclusive como forma de estímulo à docência e pesquisa.…”
Section: Resultsunclassified
“…Em nosso país, embora o curso ainda seja terminal [7][8][9][10] , ou seja, sua conclusão habilita o recém-graduado a exercer a profissão, reconhece-se que a residência médica exerce uma função que muitas vezes extrapola o que seria de esperar de uma formação de pós-graduação. Ainda se busca o equilíbrio entre a formação científica oferecida pelas faculdades e uma formação que desenvolva as competências e habilidades indispensáveis à prática médica 11 .…”
Section: Introductionunclassified
“…A Medicina Geral Comunitária 1 , por outro lado, fica inicialmente circunscrita a pequenos serviços nos municípios pioneiros, como Porto Alegre ou Rio, e sua institucionalização nacional é intermitente até os anos 200046,48 .Estas tensões se desdobraram na indefinição do perfil de profissional médico para a APS no Brasil. Se no Reino Unido a criação do National Health Service se valeu da disseminação da General Practice nos serviços comunitárias, e sua institucionalização como campo acadêmico se deu paripassu à consolidação do NHS24 , a formação do SUS não instituiu consenso sobre a especialidade médica da APS, ou mesmo sobre a obrigatoriedade da residência64 .Como exposto acima, a produção fundante da Saúde Coletiva critica a Medicina Comunitária como modelo de atenção primária de má qualidade para classes populares, fazendo referência ao modelo estadunidense17 . Para Carvalho65 , a Medicina Comunitária se articula com o arsenal discursivo da Medicina Preventiva para atenuar as tensões sociais do desenvolvimento capitalista.…”
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