Sexualidade e violência, o que é isso para jovens que vivem na rua?

Abstract

Apresentamos neste trabalho os modos de pensar de seis adolescentes sobre suas vidas afetiva e sexual. Estes viviam nas ruas da cidade de Maringá, Paraná e por isso foram encaminhados ao Abrigo Municipal da cidade. Tinham comportamento sexual precoce, com práticas sexuais consentidas ou não. Em 2005 desenvolvemos no abrigo uma pesquisa qualitativa para o estudo de caso. Entrevistamos jovens que apresentam hábitos, crenças e valores bem diferentes dos jovens de classe média. Os jovens eram oriundos de famílias excluídas do trabalho e não freqüentavam a escola. Para eles, a sexualidade é vivenciada como algo novo e prazeroso. Sexo é o que encontram de bom na vida de rua (ou institucionalizados). Não há como estabelecer uma relação direta entre sexualidade e violência entre estes jovens, já que sexualidade para eles é vivenciada como momentos de prazer e afetividade.

O Uso Do Diário De Campo Na Inserção Ecológica Em Uma Família De Uma Comunidade Ribeirinha Amazônica

“…No Brasil, verifica-se um número expressivo de pesquisas que lançam mão da observação participante com decorrente utilização do diário de campo. Os interesses de pesquisa apresentados via esse método são variados e buscam compreender contextos diferenciados, quais sejam: comunidades indígenas (Bergamaschi, 2007), famílias em vulnerabilidade social (Bustamante, 2005), jovens em situação de rua (Nogueira & Bellini, 2006), pacientes crônicos acompanhados por equipes de enfermagem (Anjos & Zago, 2006;Buarque et al, 2006;Cesarino & Casagrande, 1998;Collet & Rocha, 2006;Lamego, Deslandes, & Moreira, 2006), creches (Maranhão, 2000) e pesquisas em projetos sociais (Alves & Seminotti, 2006).…”

Violência vivenciada pelas adolescentes acolhidas em instituição de abrigamento

“…1 These subjects are young individuals separated from their families, whose social ties are frayed -which assigns them a trajectory of exclusion and violence, driving them towards a differentiated form of seeing and being in the world, with their own social/relationship norms, and making it more difficult to address the health issue, and, even more difficult to promote their health. [3][4] Therefore, every day they experience collective violence, which comprises their way of seeing and being in the world, and is characterized by being committed by larger groups of individuals or the State 5 -an invisible violence rooted on the forms of social, political, and economical organization. The vulnerability of physical and mental health problems, thus, determined the need for special and specific attention for adolescents.…”

O Consultório na Rua e a atenção básica à população em situação de rua

“…Às vezes associada aos territórios psicotrópicos, mas também independente deles, a violência é um fator de risco com o qual as PSRs precisam lidar, pois ao estarem desprotegidas em locais abertos, estariam expostas a roubos e agressões (Rosa, et al, 2006). Algumas pessoas expressam a discriminação às PSRs por meio de atitudes violentas (Moura -Junior, et al, 2014), inclusive formando gangues, grupos de extermínios e estabelecendo ações de exploração sexual como verificado no caso de adolescentes em situação de rua (Nogueira, et al, 2006). O motivo para tais ações agudas parece ser a relação estabelecida entre PSR, inferioridade e criminalidade por parte de determinados segmentos sociais domiciliados (Moura -Junior, et al, 2014;Nogueira, et al, 2006).…”

“…Algumas pessoas expressam a discriminação às PSRs por meio de atitudes violentas (Moura -Junior, et al, 2014), inclusive formando gangues, grupos de extermínios e estabelecendo ações de exploração sexual como verificado no caso de adolescentes em situação de rua (Nogueira, et al, 2006). O motivo para tais ações agudas parece ser a relação estabelecida entre PSR, inferioridade e criminalidade por parte de determinados segmentos sociais domiciliados (Moura -Junior, et al, 2014;Nogueira, et al, 2006). Vivenciar situações frequentes de violência podem levar a dois caminhos de reação:…”

“…Às vezes associada aos territórios psicotrópicos, mas também independente deles, a violência é um fator de risco com o qual as PSRs precisam lidar, pois ao estarem desprotegidas em locais abertos, estariam expostas a roubos e agressões (Rosa, et al, 2006 ações rotineiras e passivas de proteção, ou a assimilação e reprodução da agressividade (Auyero, et al, 2015). Nesse sentido, formam-se grupos para autoproteção e evita-se a exposição e a circulação em determinados locais ou direciona-se ao uso de posturas agressivas como meio de imposição frente a outras violências (Moura-Junior, et al, 2014;Nogueira, et al, 2006;Menezes, 2012). O resultado da exposição à violência é o medo constante, a dificuldade em dormir e a necessidade de cuidados dos ferimentos após as agressões (Brasil, 2012a;Moura-Junior, et al, 2014 (Ferreira, et al, 2016;Medeiros, 2016).…”