2007
DOI: 10.1590/s0104-026x2007000300017
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Fluxos migratórios de mulheres para o trabalho reprodutivo: a globalização da assistência

Abstract: A partir de uma experiência vivenciada como integrante do grupo que trabalhou a temática da migração de mulheres na Internationale Frauen Universität (IFU) em 2000, apresento neste artigo uma discussão sobre os fluxos migratórios de mulheres que deixam os países periféricos movendo-se em direção aos países de Primeiro Mundo para trabalhar como empregadas domésticas. Ocorre nesse processo uma verdadeira globalização da assistência, formando-se inclusive cadeias entre mulheres de diferentes nações, classes e etn… Show more

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“…[35] Regarding the various forms of violence against immigrant women, today a significant number of women working as domestic workers or in poor conditions in Europe have a university education and find in these occupations the best alternative for generating income. [36] Some are married and leave their children in countries of origin whose rulers enjoy great advantages with the remittances of money entering their territories through these migratory flows.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…[35] Regarding the various forms of violence against immigrant women, today a significant number of women working as domestic workers or in poor conditions in Europe have a university education and find in these occupations the best alternative for generating income. [36] Some are married and leave their children in countries of origin whose rulers enjoy great advantages with the remittances of money entering their territories through these migratory flows.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Entretanto, algumas reivindicações feministas, como, por exemplo, a luta pelo espaço público, desconsideram as realidades diversas de algumas mulheres (Lisboa, 2007;Miranda, 2010). Além de haver aquelas que permanecem intensamente ligadas à esfera doméstica como condição estrutural de sobrevivência, há também as que nunca tiveram a dimensão privada como prioridade, conforme acentua a investigadora e feminista negra Sueli Carneiro:…”
Section: Subjetivações Feministas Emergentesunclassified
“…É uma mulher fazendo o trabalho doméstico para que outra mulher possa de fato fazer parte do mercado de trabalho. A razão dessa permanência da atribuição do trabalho doméstico às mulheres, no mesmo contexto da reconfiguração Ao incorporar os diferenciais por sexo, bem como as relações de gênero às análises de fluxos migratórios, Peres e Baeninger (2012) sugerem ir além da descrição das diferenças entre homens e mulheres, e que as teorias de migração devem avançar no sentido, no significado e nas experiências das mulheres migrantes através de sua interface com o trabalho, o arranjo familiar e as unidades domésticas.Deste modo, Neto e Nazareth (2012) trazem um importante contributo sobre a força e representatividade com que as mulheres veem aparecendo nos números e nas discussões sobre migração no mundo globalizado fazendo com que muitos especialistas venham tratando de um processo de feminização dos fluxos migratórios ou dos deslocamentos populacionais(LISBOA, 2007), tornando necessária uma reflexão mais profunda sobre as especificidades da migração feminina, abordando fatores de vulnerabilidade e desigualdade, quanto à abertura de possibilidades e transformações na estrutura social, familiar e do trabalho.Após anos de invisibilidade feminina, mas, como importante ator no centro das mudanças contemporâneas, hoje, percebem-se o reconhecimento dos direitos das mulheres nas distintas dimensões de suas trajetórias, ciclo e curso de suas vidas, tanto a nível público quanto privado. O próprio trabalho doméstico remunerado passou da Censo do IBGE de 2010, entre os 4.643 mil indivíduos que migraram entre as Unidades da Federação nos últimos 5 anos antes do Censo, 2.363 mil eram homens e 2.280 mil, mulheres.…”
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