Razões históricas para uma nova concepção de laboratório no ensino médio de química

Abstract

RESUMO INTRODUÇÃOAtualmente, convivemos com a criação de novos mitos ligados a melhoria do ensino. Estamos em meio a uma dessas tantas vogas educacionais, nas quais o governo e a indústria gostam de embarcar (AppIe,1995). Projetos oficiais, voltados para a escola fundamental, têm vinculado a melhoria do ensino à introdução de novas tecnologias, principalmente a informática e proposto a criação de outros espaços tais como as propaladas salas ambiente.Recursos didáticos ou mesmo a organização de novos espaços educacionais, se quisermos superar a racionalidade técnica, não podem ser vistos como processos autônomos, com vida própria independente de intenções sociais, educacionais e políticas. Mais especificamente não podemos considerá-los em si, sem analisá-los dentro de um projeto de ensino. Não podemos, assim, embarcar em promessas de que a "alta tecnologia" ou a sofisticação dos espaços escolares poderão salvar o ensino, embora os consideremos importantes.Particularmente na área de ciências do ensino fundamental, projetos oficiais, no Estado de São Paulo, voltados para a melhoria desta área, desde a

Laboratórios Didáticos De Quimica: De Liebig (1803-1873) Aos Processos De Qualidade E Biossegurança No Séc. Xx

“…Essas atividades de experimentação em laboratórios didáticos de química, a nosso ver, mesmo com críticas apoiadas em pressupostos psicológicos, filosóficos e sociológicos (SICCA, 1996), quando trabalhadas em consonância com o que foi discutido em sala de aula, desenvolvem nos alunos habilidades de pesquisa, como planejamento, análise de dados, e desperta nos estudantes o espírito de equipe, o que em trabalhos de pesquisa é essencial. É importante que essas atividades façam sentido para o aluno, de modo que ele saiba o seu objetivo, e que este está atrelado a um problema que está sendo estudado, e esse princípio é básico na pedagogia de Liebig.…”

“…Alguns recortes históricos do ensino da Química no Brasil, a partir do século XIX ao Criado o colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, que tinha como objetivo servir de modelo a outros estabelecimentos de ensino e que inovou o Ensino Secundário, incorporando, no currículo, disciplinas de ciências, em caráter não regular.1874 -Fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro (EPRJ), sucessora da antiga Academia Real Militar, fundada em 1811, que em 1877 introduziu os cursos de Química Orgânica, os conceitos previamente transmitidos(SICCA, 1996). 1933 Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, subordinada à Diretoria Geral de Produção Mineral do Ministério da Agricultura, passando posteriormente para a Universidade do Brasil.…”

A Experimentação no Ensino de Ciências: um Estudo no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES

“…A partir desta ótica, as experimentações eram " [...] valorizadas como formas de comprovar teorias expostas em sala de aula" (BELTRAN, 2015, p. 2). As prescrições para sua utilização exigiam protagonismo docente, que demonstrava inúmeros experimentos, restritos a exercícios práticos para os discentes (SICCA, 1996).…”

“…A desconstrução da experimentação enquanto ideia de progresso só foi possível a partir da expansão da tendência pedagógica construtivista (BELTRAN; SAITO; TRINDADE, 2014). Consoante, Sicca (1996) destaca que há indícios na literatura de críticas sobre a formação de mini cientistas desde na década de 80, época em que se defende o papel da experimentação pautado no tripé: estudante-objeto-professor.…”

Uso do laboratório de ciências/biologia e o desenvolvimento de habilidades científicas: o que os estudos revelam?

“…Do ponto de vista histórico, o Laboratório de Ciências/Biologia é um espaço de aprendizagem tão tradicional quanto a sala de aula (MOTA, 2019). Ele surgiu no período da escola secundária e era pautado em proporcionar práticas expositivas que visavam a compreensão dos fenômenos por meio da experimentação (SICCA, 1996). Posteriormente, com os avanços da Escola Nova, na década de 1930, as investigações científicas e o protagonismo estudantil foram incentivados nas escolas, com o objetivo de formar alunos minicientistas (MOTA, 2019).…”