“…Para fins de análise, tomamos a experiência da loucura e dos processos de medicalização como um dispositivo de normalização da vida e, a partir de duas imagens-cena, uma etnográfica e outra cinematográfica, em face de nossa atuação como docentes nos Cursos de Ciências Sociais e Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), problematizamos a loucura enquanto experiência/experimentação − nesse sentido, como um convite para fazer do pensamento um ato político, e não um sonífero das práticas em saúde (Pelbart, 1991). Trata-se de um exercício experimental, e assim deliberadamente indisciplinado, que almeja desnaturalizar saberes e práticas que circunscrevem, classificam e compreendem a loucura enquanto experiência individual e essencializada, os quais acabam por invisibilizar as estratégias de resistência dos diferentes sujeitos (Andrade & Maluf, 2016). Ao longo de nosso percurso experimental, autores como Foucault, Deleuze e Guattari, pensadores da Reforma Psiquiátrica brasileira, da Subjetividade e do campo da Saúde Coletiva, serão os nossos inspiradores.…”