Considerações metodológicas sobre as possibilidades de aplicação da técnica de observação participante na Saúde Coletiva

Abstract

O presente artigo dirige-se a alunos, docentes e pesquisadores da Saúde Coletiva, e tem por objetivo contribuir para o debate sobre as possibilidades de aplicação da técnica de observação participante na pesquisa social em saúde, fornecendo especialmente a alunos de pós-graduação em Saúde Pública (strictu e lato sensu) subsídios teórico-metodológicos e prático-instrumentais para a sua compreensão. A motivação provém da experiência acadêmico-profissional dos autores, com destaque para a docência da disciplina "Metodologia de pesquisa social II: as técnicas de levantamento de informação", do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do DCS/ENSP/Fiocruz, nas modalidades strictu e lato sensu.

Estratégias Educativas Para Promoção Da Saúde De Idosos De Um Centro De Convivência

“…Essa técnica permitiu intervir e auxiliar os indivíduos mediante dificuldades, possibilitando o bom andamento das atividades, primando pelo conforto e bem-estar dos mesmos. A observação participante trata-se de uma técnica de levantamento de informações que pressupõe convívio, compartilhamento de uma base comum de comunicação e intercâmbio de experiências com o(s) outro(s), primordialmente, através dos sentidos humanos: olhar, falar, sentir, vivenciar… entre o pesquisador, os sujeitos observados e o contexto dinâmico de relações, no qual os sujeitos vivem, e que é por todos construído e reconstruído a cada momento (FERNANDES, 2015). Efetivamente, implica em estar e observar onde a ação acontece.…”

Dimensões do trabalho interprofissional e práticas colaborativas desenvolvidas em uma unidade básica de saúde, por equipe de Saúde da Família

“…Participant observation [15][16][17] is characterized by interaction between the researcher and their interlocutors in the context. Therefore, co-existence and exchange of experiences captured by the way people look, talk, feel, experience and experiment are expected 18 .…”

Subsídios para a construção de projetos em pesquisa social: reflexões epistemológicas e metodológicas

“…How to think the relationships between these concepts in the process of construction of a research project and during its execution? Many have addressed the more direct aspects of these questions, over time -for example: BACHELARD, 2002;CONTANDRIOPOULOS ET AL., 1994;DEMO, 1987;ECO, 1986;QUIVY;COMPENHOUDT, 1992;FERNANDES;MOREIRA, 2013;GALERA, 2007;GOLDENBERG, 2007;KUHN, 1995;LIMA;MIOTO, 2007;MANN, 1970;MINAYO, 1998;OLIVEIRA;EPSTEIN, 2009;RICHARDSON, 1999;SALOMON, 2006;SANTOS, 2003. These are without a doubt pertinent and valid questions, which merit continuing discussionand this is the motivation for this article.…”

“…This vision, taken to its extreme, implies an approach that is structured with the limited and limiting effect of measuring the polysemy and plasticity of the problems that populate the realities to be studied and the actors who live them, and translating them into numbers, equations and statistical relationships, in a specific interval of spacetime, in an attempted to mathematize what is real. But any such approach tends to cloud one fact: social research deals, in the first and last instance, with human beings, with flesh and blood, emotions and feelings -all of which are, in essence, appearance and value, of a more plastic than precise nature (ALVES, 2005;CRUZ NETO, 1998;FERNANDES;MOREIRA, 2013;MINAYO, 1998;MINAYO;SANCHES, 1993) At the same time, it is also a fact that in the area of health, the importance and the use of the theoretical-practical resources of the social sciences have stood out vigorouslythese include the resources of anthropology, political science, history, law, philosophy, administration, economics, etc. Hence there is increasingly a need to provide support to planners of research studies, to help them deepen and articulate their reflections on the preparation and structuring of their research projects, combining knowledge, collections of knowledge, and practices (ALVES, 2005;COSTA, 2002;DESLANDES, 1997;FERNANDES;MOREIRA, 2013;LIMA;MIOTO, 2007;MINAYO;SANCHES, 1993;RICHARDSON, 1999;SERAPIONI, 200;TEIXEIRA, 2004).…”

“…From these innovations as a starting point, it is possible to talk about a 'virtual field of research' and, consequently, new investigative possibilities, the virtual being understood as a factual reality. This is not the place to go more deeply into this subject, but even so it is necessary to point it out and reaffirm the innumerable potentialities that this incorporation of the virtual into research can bring to the investigative process (FERNANDES;MOREIRA, 2013).…”