Apresentação: sexualidade, ciência e profissão

Abstract

O termo sexualwissenschaft (ciência sexual) foi criado por Iwan Bloch, médico alemão da virada do século XIX para o XX. É nesse momento que surge uma ciência da sexualidade, tendo a Alemanha como seu centro irradiador. A expressão alemã (sexualwissenschaft) foi traduzida nas demais línguas europeias como sexologia (sexology em inglês, sexologie em francês, sexologia em espanhol, sessuologia em italiano e assim por diante). Nesse momento, a sexologia designava não apenas o estudo científico da sexualidade, mas também uma certa postura em relação à temática da sexualidade.Os primeiros sexólogos apoiavam-se na medicina com o intuito de construir uma visão objetiva dos comportamentos relacionados à sexualidade, isto é, uma visão não contaminada por considerações morais ou jurídicas. Ao fazê-lo, como não poderia deixar de ser, tomavam posições contrárias à moral vigente, propondo, num certo sentido, uma nova moral. Essa tomada de posição envolvia uma luta no campo das políticas públicas (quando se tratava da regulação da concepção, do aborto e do status da mãe solteira, por exemplo) e mesmo da política stricto sensu (como no caso do movimento contra a criminalização da sodomia). A educação sexual era um foco importante de preocupação dos primeiros sexólogos, que acreditavam ser necessário tirar a sexualidade das garras do preconceito e da ignorância. A sexologia, portanto, envolvia um amplo espectro de temas e implicava um conjunto de ações que ultrapassavam a esfera da mera produção de uma nova ciência.Nos anos 30 do século XX, o regime nazista e, depois disso, a Segunda Guerra Mundial, varreram do mapa a sexologia alemã. Uma segunda onda sexológica surgirá algum tempo depois nos Estados Unidos, entre as décadas de 1960 e 1970, tendo como marco o trabalho de William Masters e Virginia Johnson, ele médico ginecologista, ela psicóloga, ambos pesquisando a "resposta sexual humana" em um laboratório da Universidade de Washington, em Saint Louis.

Prazer!

“…Para autores como Russo et al (2011), que discutem a profissão sexólogo, declaram que a profissão não é regulamentada, sendo um campo de atuação multidisciplinar dentro do qual a atuação depende da área de formação profissional. Já Santos (2016) considera que:…”

DISCURSOS SOBRE SEXOLOGÍA EN CHILE: Ambivalencias del discurso profesional sobre la sexología en Chile

“…Sin embargo, actualmente no hay consenso acerca de su denominación (Russo, Rohden, Torres, Faro, Nucci y Giami, 2011). No obstante, la sexología se institucionalizó rápidamente, principalmente en USA y Europa (Russo, Carrara, y Rohden, 2009), e incluye disciplinas científicas, especialidades médicas y no médicas y un conjunto de prácticas terapéuticas, formación e intervenciones que pueden ser tanto médicas, psicoterapéuticas o educacionales (Haeberle y Gindorf, 1993).…”

“…En la década de 1990, en un contexto internacional de creciente desarrollo de la medicina sexual y la terapia sexual, y de institucionalización (Russo, Carrara y Rohden, 2009), la sexología nacional produce un acotamiento, una focalización de su objeto y una delimitación del campo, ya que se especializa en el campo de la clínica, se afianza como una práctica profesional y crea su propio mercado de prestaciones y más allá, comienza a configurar un discurso público propio.…”

História Da Educação Sexual No Brasil

“…Maria Helena Matarazzo trabalhou em um programa de rádio diário sobre Educação Sexual na Rádio Globo e em dois serviços de orientação sexual por telefone. Marta Suplicy falava abertamente sobre sexualidade em um programa da Rede Globo, o TV Mulher (BEDIN, 2016;RIBEIRO, 2004;RUSSO;ROHDEN, 2011). Pinheiro (1997) comenta que apesar do clima de "liberdade" sexual, os jovens da década de 1980 sentiam-se perdidos no conflito entre a recente liberação e a postura social conservadora em que viviam até então.…”