2005
DOI: 10.1590/s0103-56652005000200008
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Resiliência familiar e conjugal numa perspectiva psicanalítica dos laços

Abstract: Neste texto abordamos a questão do dilaceramento traumático como a expressão de um desmalhe dos continentes psíquicos individuais, familiares e comunitários. Consideramos a resiliência familiar como a capacidade da própria família de reconstruir os laços psíquicos. Para ilustrar a conceituação teórica da malhagem numa perspectiva psicanalítica do laço, tomamos a rede como objeto metafórico. Na clínica, propomo-nos lançar mão de dispositivos que permitam trabalhar a capacidade da família e consideramos que uma … Show more

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“…Por esse prisma, ter lembranças positivas acerca do casamento dos pais seria tão importante quanto estabelecer relacionamentos amorosos significativos e satisfatórios para a constituição de uma conjugalidade que é sempre construída por uma díade que reúne dois modelos familiares distintos que se entrecruzam e se interpenetram. A própria escolha de se casar remontaria às imagens sobre casamento transmitidas, sobretudo, pelos pais, mas que poderiam ser modificadas ao longo do tempo em função de diversos eventos vitais, como a saída dos filhos da casa dos pais e mesmo o engajamento em relacionamentos amorosos (Benghozi, 2005;Willoughby et al, 2012).…”
Section: Resultsunclassified
“…Por esse prisma, ter lembranças positivas acerca do casamento dos pais seria tão importante quanto estabelecer relacionamentos amorosos significativos e satisfatórios para a constituição de uma conjugalidade que é sempre construída por uma díade que reúne dois modelos familiares distintos que se entrecruzam e se interpenetram. A própria escolha de se casar remontaria às imagens sobre casamento transmitidas, sobretudo, pelos pais, mas que poderiam ser modificadas ao longo do tempo em função de diversos eventos vitais, como a saída dos filhos da casa dos pais e mesmo o engajamento em relacionamentos amorosos (Benghozi, 2005;Willoughby et al, 2012).…”
Section: Resultsunclassified
“…Menezes, Amorim, Santos e Faúndes (2003) encontraram história de violência na família da mulher como fator fortemente associado a sofrer violência física doméstica no puerpério, em se tratando de mulheres assistidas no IMIP/ Recife/Pernambuco. Embora não possam ser generalizados, os presentes resultados suportam estudos psicanalíticos que têm ressaltado a importância da transmissão transgeracional da violência (Correa, 2003;Benghozi, 2005). Segundo Gomes (2005), a subjetividade, no contexto das relações conjugais e na estruturação familiar, utiliza o mecanismo de repetição, que faz parte do processo de elaboração ou fixação de uma situação traumática.…”
Section: Discussionunclassified
“…A violência presenciada ou sofrida na infância ou adolescência tem uma importância fundamental na estruturação do psiquismo humano. Este registro mental pode abrir mais chances, na vida adulta, para a repetição de comportamentos violentos, pela identificação seja com o agressor seja com a vítima, como também pela utilização de tais comportamentos como forma de responder aos conflitos ou se relacionar no cotidiano (Correa, 2003;Benghozi, 2005). Ademais, as experiências traumáticas de violência sofridas e presenciadas na infância têm uma forte relação com práticas criminais de jovens adolescentes (Messina & Grella, 2006).…”
Section: Discussionunclassified
“…Nessa linha, encontramos desde trabalhos mais tradicionais no sentido da clínica, da terapia familiar até ofi cinas de promoção de saúde com famílias em situações de vulnerabilidade. Benghozi (2005) faz uma discussão sobre o trabalho terapêutico com famílias, numa perspectiva da resiliência familiar compreendida como a capacidade de malhagem dos laços psí-quicos; malhar e remalhar são metáforas, dispositivos que permitem trabalhar com a família sua capacidade relacional a partir da teoria dos laços, sendo o laço entendido como laço psíquico de fi liação e afi liação, dando pertencimento vertical e horizontalmente. O sintoma é a tentativa de cerzir o dilaceramento do trauma; a intervenção se dá por meio da reconstrução de uma aliança conjugal, familiar, uma remalhagem para poder responder criativamente ao sintoma.…”
Section: Intervenções Com Famíliasunclassified