The scope of this study was to establish the incidence of sexual violence against children and adolescents in Recife, State of Pernambuco (Brazil) between 2012 and 2013. Data was collected from the records of rape examination reports carried out at the Recife Institute of Forensic Medicine. Of the 867 cases recorded, 328 of the victims were children and adolescents. An incidence of 3.67 cases per 10,000 inhabitants in the 0 to 18 age range was identified. The majority of the victims were female (92.1%) between 10 and 14 years of age (59.2%). In two thirds of the cases, rape was the most frequent type of sexual abuse and the majority of perpetrators were known to the victim (57.8%). An association between the type of sexual violence and the age and sex of the victim and perpetrator (p < 0.001) was determined. The most common type of sexual violence was rape among adolescents and sexual abuse not involving rape among children. The cases of sexual violence against children and adolescents shown in this study increase the visibility of this serious health problem and the need for preventive public policies.
The prevalence of and factors associated with violence against women attended as outpatients between October 2005 and January 2006 by the Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, Pernambuco State, Brazil, were investigated using a cross-sectional type study. 619 women over the age of 18 were included in a systematic probabilistic sample. The modified Abuse Assessment Screen (AAS) was applied and the data were evaluated statistically by way of univariate and bivariate analyses, using the χ2 or Fischer's exact test and an adjusted multivariate logistic regression model. The prevalence of violence against women was 27.5% (95%CI: 24.0%-31.2%) in the twelve-month period prior to the consultation. The associated factors were low level of schooling (OR = 2.34), a history of domestic violence (OR = 2.21) the woman being mentally disturbed (OR = 2.35), and the partner's consumption of alcohol (OR = 1.77). The prevalence of violence was high in the group of women studied, indicating the need to broaden preventive measures and all-round health care for women.
OBJETIVOS: descrever o perfil clínico-epidemiológico de crianças e adolescentes um serviço determinando características biológicas e sócio-demográficas, tipos de violência, formas de intimidação, lesões, existência de gravidez e perfil dos agressores. MÉTODOS: estudo tipo corte transversal, de 170 prontuários das vítimas de violência de 0 a 19 anos atendidas no Serviço de Apoio à Mulher do Hospital Agamenom Magalhães em Recife, Pernambuco, de junho de 2001 a dezembro de 2002. RESULTADOS: a mediana de idade foi 16 anos. A maioria era parda e solteira. Cento e treze não concluíram o ensino fundamental e a renda familiar foi de até um salário mínimo (31,2%). A agressão sexual representou 64,7%, a principal região lesada foi a genital. Equimoses/hematomas corresponderam a 23,8% das lesões. Dezessete vítimas estavam grávidas à época da agressão. 31,7% dos agressores eram desconhecidos e utilizaram a força física (79,8%) como a principal forma de intimidação. Idade, renda e grau de escolaridade da maioria deles eram desconhecidos. Os agressores demonstravam sinais de consumo de álcool no momento da violência (34,2%). CONCLUSÕES: as vítimas eram pardas, de baixa escolaridade e baixo nível socioeconômico. Muitas sofreram lesões genitais. Seus agressores eram desconhecidos, utilizando força física para intimidação.
RESUMO. O presente estudo teve por objetivo identificar os comportamentos de risco de mulheres que presenciaram violência na família durante a sua infância e/ou adolescência e foram vítimas de violência na vida adulta, bem como determinar a prevalência desses casos e o perfil dessas mulheres. As mulheres investigadas eram assistidas no ambulatório de ginecologia do Centro de Atenção à Mulher do Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira, um centro de prestação de serviço terciário de saúde localizado no Nordeste do Brasil. O estudo foi um corte transversal e foram realizadas análises uni e bivariada em 619 questionários aplicados. Os resultados indicaram uma elevada prevalência (39,7%) de história de violência familiar na infância e/ou adolescência de mulheres vítimas de violência na vida adulta. Concluiu-se que é importante e necessário identificar e assistir as famílias de risco, com o propósito de prevenir a prática de violência, haja vista a relevância da sua transmissão transgeracional.
OBJETIVOS: determinar a acurácia do escore de Alvarado para o diagnóstico de apendicite aguda em crianças e adolescentes admitidos na emergência do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). MÉTODOS: foi realizado um estudo de validação de método diagnóstico (escore clínico-laboratorial para diagnóstico de apendicite aguda) tendo o exame histopatológico como padrão ouro. A amostra estudada consistiu de 81 crianças e adolescentes, admitidas na emergência pediátrica do IMIP com dor abdominal suspeita de apendicite aguda, no período de março a outubro de 2002. Os pacientes foram atendidos na emergência pediátrica e avaliados quanto ao escore de Alvarado. Entretanto a decisão cirúrgica foi tomada pelo cirurgião responsável. RESULTADOS: tomando como ponto de corte o valor >5 pontos, encontramos uma sensibilidade de 92,6%, especificidade 63,6%, valor preditivo positivo de 86,2% e valor preditivo negativo de 77,8%. CONCLUSÕES: o escore de Alvarado é um procedimento pouco invasivo, simples, rápido, reprodutível, que utilizando o ponto de corte >5 pontos apresenta-se como instrumento de alto valor na triagem de crianças e adolescentes com suspeita diagnóstica de apendicite aguda.
Introdução: a peritonite meconial, como resultado da perfuração intestinal fetal, apresenta baixa incidência (1:30.000 nascimentos) e elevada mortalidade (em torno de 50%). Os achados ecográficos pré-natais incluem ascite e calcificações intra-abdominais. Há evidências de que o diagnóstico pré-natal possa melhorar o prognóstico pós-natal. Relato do Caso: R.C.M.S., 22 anos, II gesta O para, realizou ultra-sonografia em 02/12/98 com diagnóstico de ascite fetal. Fez investigação para hidropisia fetal, afastando-se causas imunes e não-imunes. Foram realizados ecografias seriadas em que se manteve a imagem de ascite fetal acentuada, sem calcificações. Parto normal em 02/01/99, com 36 semanas, observando-se volumoso poliidrâmnio. Recém-nascido do sexo feminino pesando 2.670 gramas, com sinais de desconforto respiratório, abdome distendido e com petéquias. Apresentou aumento progressivo da distensão abdominal, palpação de massa pétrea no hipocôndrio direito e eliminação de muco branco ao toque retal. Raios-x em 04/01/99 com imagem de extensas calcificações abdominais, distensão de alças intestinais e ausência de gás na ampola retal. Hipótese diagnóstica de peritonite meconial. Indicada laparotomia exploradora em 04/01/99, encontrando-se volumoso cisto meconial e atresia ileal, realizandose lise de aderências e ileostomia em dupla boca. Evolução satisfatória nos primeiros dias de pós-operatório, complicada posteriormente por quadro séptico, verificando-se o óbito neonatal em 09/01/99. Conclusão: a peritonite meconial deve ser lembrada no diagnóstico diferencial das causas de ascite fetal. O diagnóstico pré-natal no presente caso poderia ter antecipado a indicação cirúrgica, com possível melhora da evolução neonatal.
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