Ao se indispor contra uma modalidade de pensar geográfico preso ao formalismo acadêmico e negar o sentido ornamental da literatura, propor-se-á uma análise de Goiânia, por meio da aglutinação entre Espaço, Sujeito e Existência. Objetiva-se demonstrar, por meio da interpretação de poemas, o modo pelo qual Goiânia, como uma metrópole regional radicada na Região Centro-Oeste, configura-se como uma cidade dada à diferentes representações e à diferentes práticas sociais. O pressuposto central do trabalho baseia-se nisso: como filha objetiva do mundo, a literatura alicerça meios subjetivos de se pensar o espaço de maneira sutil e profunda. Sendo assim, cabe aos geógrafos que se ocupam em mediar leituras entre geografia e literatura, interessarem-se pelo adentramento ao mundo, não escapar-se dele.