2001
DOI: 10.1590/s0103-40142001000100013
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A criação científica segundo Poincaré e Einstein

Abstract: POINCARÉ e Einstein baseiam sua concepção da descoberta e da invenção científicas como um processo criador sobre a "livre escolha" de conceitos e idéias teóricas por parte do pensamento. Essa "liberdade lógica" com relação aos dados factuais se estabelece sobre a crítica humana da indução, sobre a recusa do empirismo puro e sobre uma concepção da inteligibilidade racional tributária de Kant, ao mesmo tempo que sobre a crítica do apriorismo kantiano. Sublinhando a proximidade de suas convicções a esse respeito,… Show more

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“…Para Paty (2001), e tomando como base os pressupostos epistemológicos de Einstein e Poincaré, as ideias científicas são construídas de forma livre pelo pensamento: nem sempre induzidas de maneira lógica e compulsória com base nos dados da experiência, tampouco inscritas no pensamento de maneira inata ou a priori, elas teriam lugar no livre espaço da criação do trabalho científico e da descoberta. A invenção emergiria da atividade inconsciente e, sob o signo do livre arbítrio do pensamento, permitiria a combinação de ideias que, posteriormente, seriam oferecidas ao pensamento consciente.…”
Section: Contato (1997): a Imaginação Como Forma De Acesso Ao Conheciunclassified
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“…Para Paty (2001), e tomando como base os pressupostos epistemológicos de Einstein e Poincaré, as ideias científicas são construídas de forma livre pelo pensamento: nem sempre induzidas de maneira lógica e compulsória com base nos dados da experiência, tampouco inscritas no pensamento de maneira inata ou a priori, elas teriam lugar no livre espaço da criação do trabalho científico e da descoberta. A invenção emergiria da atividade inconsciente e, sob o signo do livre arbítrio do pensamento, permitiria a combinação de ideias que, posteriormente, seriam oferecidas ao pensamento consciente.…”
Section: Contato (1997): a Imaginação Como Forma De Acesso Ao Conheciunclassified
“…A invenção emergiria da atividade inconsciente e, sob o signo do livre arbítrio do pensamento, permitiria a combinação de ideias que, posteriormente, seriam oferecidas ao pensamento consciente. Ainda, os signos (as palavras) associados aos conceitos -perceptíveis aos sentidos e possíveis de serem reproduzidos -só se fariam necessários quando da comunicação, sendo dispensáveis quando do processo inconsciente do pensamento (Paty, 2001). Em consequência, as teorias, longe de explicarem o mundo natural dado (mas ainda não identificado), poderiam ser construídas no campo da criação e da invenção, inclusive na contramão daquilo que os sentidos e a experiência empírica admitiriam como prováveis ou possíveis (Paty, 2001) 10 .…”
Section: Contato (1997): a Imaginação Como Forma De Acesso Ao Conheciunclassified
“…Em seguida exploraremos historicamente a descrição que Einstein faz ao buscar relatar como seu pensamento funciona durante a criação. 3 Com base nestes estudos, nosso objetivoé tecer considerações sobre o papel da imaginação na ciência e indicar em nossas considerações finais possíveis consequências para o ensino da mesma.…”
Section: A Imaginação Científicaunclassified
“…A influência de suas ideias, e da escola filosóficaà qual pertencia, fez com que a imaginação e o processo criativo, em um sentido mais amplo, fossem pouco considerados como temas de estudo da filosofia da ciência. Como afirma o filósofo Michel Paty, a análise epistemológica explorou muito pouco o contexto da descoberta e se restringiuà análise do contexto da justificação [3].…”
Section: Introductionunclassified