Curva de rendimentos: uma análise no mercado de trabalho urbano e rural no Brasil (1981/ 99)

Abstract

O mercado de trabalho está sujeito a constantes variações nos níveis de emprego e salários reais frente aos choques econômicos. As políticas macroeconômicas, sejam elas fiscais, monetárias ou cambiais, têm efeito sobre o emprego e o salário devido à interação entre os vários mercados. Segundo a abordagem neoclássica, qualquer rigidez nesses mercados deve ocasionar o desemprego dos fatores utilizados, principalmente o desemprego de mão-de-obra. Se a economia funciona, portanto, com preços flexíveis, choques de política fiscal e monetária não devem apresentar efeito sobre o produto e a renda. Da mesma forma, um mercado de trabalho flexível não sofre alterações no nível de emprego e nos salários reais, quando a economia está sujeita a variações na renda e a choques de produtividade. Sendo assim, ao prevalecer uma situação hipotética onde os salários reais são perfeitamente flexí-veis, variações na oferta ou na demanda agregada não geram desemprego. Por outro lado, se os salários reais são rígidos, uma variação negativa na oferta ou na demanda agregada pode ampliar as taxas de desemprego. Ou seja, esta rigidez é incorporada no sistema econômico como um fator estimulante às demissões.

The Brazilian wage curve: new evidence from the National Household Survey

“…For the same period and with similar methodology, Souza and Machado (2004) estimate an unemployment elasticity estimate of -0.23 for urban areas and -0.06 for rural areas, a clear reflection of the concentration of informal jobs with low payments in rural areas. Reis (2006) uses aggregated data for the 1990-1999 period in order to estimate a dynamic wage curve for different skill levels.…”

“…Previous literature on the wage curve for Brazil includes Garcia (2002), Souza and Machado (2004), Reis (2006), Santolin and Antigo (2009) and Silva and Monsueto (2012). All of these studies use the same survey (Brazilian National Household Survey).…”

Urban agglomeration, city size, and spatial density effects on wage flexibility: New evidence on the wage curve in Brazil

“…Wage determination in Brazil has changed significantly over the past few decades (Carneiro & Henley, 1998), with unions acting more intensively in the bargaining process after the mid-1990s. Souza and Machado (2004) found that labor markets in urban areas (À0.23) were much more flexible than those in rural areas (À0.06) (PNAD data, 1981(PNAD data, -1999. Santolin and Antigo (2009) found that the wage curve seems to be non-dynamic in six metropolitan regions (PNAD data, 1997(PNAD data, -2005, but there is a higher wage flexibility for the whole group of workers (À0.15) than for formal workers (À0.05).…”