“…O mesmo parece não se dar, contudo, na seara da administração pública, como demonstrado, por exemplo, pela freqüência com que periódicos nacionais, como a Revista do Serviço Público e a Revista de Administração Pública, têm encampado a temática. 3 Note-se, ainda, que a questão tem ganhado destaque também em publicações do Ipea, 4 da Fundação Seade (Carvalho, 2003) Se for possível justificar esse panorama a partir do fato de a avaliação de políticas públicas ser tarefa eminentemente multidisciplinar, como é amplamente reconhecido, resta-nos buscar compreender o que pode ser denominado como a omissão da ciência política brasileira. 5 Um primeiro elemento para se pensar tal omissão é a postura assumida por Michael Scriven, um dos primeiros e principais teóricos da avaliação, para quem a "investigação avaliativa deve produzir como conclusão exatamente o tipo de afirmação que os cientistas sociais dizem ser ilegítima: um juízo de valor ou mérito" (Scriven, 1974, apud Ballart, 1996.…”