“…Se a natividade está relacionada a uma territorialização necessária, vinculada a discursividades de nacionalidade, como essa formulação se tornou possível? Podemos interpretar esse funcionamento discursivo a partir da tensão de sentidos de globalização como "universalização", "ausência de um centro" e, ao mesmo tempo, como "segregação", "exclusão" (BAUMAN, [1998(BAUMAN, [ ] 1999ORTIZ, 1994), ou, ainda, como o "imperialismo agora", em que a dimensão econômica é forjada como separada da dimensão política (ANDERSON, 2014) 251 . Esses sentidos contraditórios de "globalização" 252 é que fazem a ideologia trabalhar no espaço também contraditório dos sentidos de "línguas": enquanto projetos dos 251 Ao criticar os geralmente preferidos conceitos mais "neutros", tais como "globalização sem centro", "hegemonia" e "Império" (com letra maiúscula), o Prof. James Anderson desenvolveu uma abordagem histórica dos processos de imperialismo, das práticas do "velho imperialismo", tais como a colonização (envolvendo invasão e ocupação), às práticas do "novo imperialismo" (envolvendo intervenções políticas e militares), até chegar às práticas do "imperialismo agora" (quando a dimensão econômica é forjada como separada da dimensão política).…”