O presente trabalho foi realizado por meio de pesquisa de revisão bibliográfica que tem como foco o estudo da medicalização na sociedade construída por meio de estratégias normatizadoras. Visa compreender os processos de medicalização na sociedade, pautados principalmente nas relações de poder-saber, e os discursos que delas advêm. Pretende-se traçar um histórico da construção desse conceito, compreendendo-se suas delimitações e ações que refletem no grande consumo de medicamentos no intuito de acabar ou diminuir um sofrimento da forma mais rápida possível. Além disso, almeja-se discutir a presença desses processos no universo infantil, compreendendo-se os processos diagnósticos que tendem a biologizar as relações sociais e afetivas e a legitimação destes nas escolas, famílias e sociedade. Pôde ser observado, por meio destas análises, que os processos medicalizantes delimitam o indivíduo, normatizam-no, minando sua possibilidade de posicionar-se histórica e politicamente. Autores como Michel Foucault, Ivan Illich, Peter Conrad, Ian Hacking, seus comentadores e outros autores serviram de base para o presente artigo.