2004
DOI: 10.1590/s0102-71822004000100007
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Tensão ou oposição entre ciência e política na pós-graduação? Um falso problema?

Abstract: Resistindo, denunciando, cansando, algumas vezes indignando-nos, a maioria do tempo estamos vivendo os extertores da universidade pública brasileira, em especial na área conhecida como Ciências Humanas e Sociais. Dentro do ideário neoliberal de Estado mínimo os recursos e financiamentos que têm sido alocados na educação superior pública e laica, em nosso país são, a cada ano, mais irrisórios. Interessa que, numa mesma universidade pública, os vários centros, institutos e departamentos se degladiem ferozmente e… Show more

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“…Para Barros (2004), há uma necessidade de se produzir bifurcações no pensamento hegemônico, visto que esse é compatível com uma racionalidade e uma política que "desprezam os humanos e a vida", quando a universidade brasileira, em suas políticas educacionais de pesquisa e gestão, passa a funcionar com objetivos de cumprimento de metas produtivistas, produzindo perda do conhecimento independente, laico e reflexivo em função da promoção do conhecimento tecnocrático. A tecnocracia, o conhecimento tecnocrático e/ou tecnicismo cientificista também aparecem com funções de incompatibilidade nas discussões trazidas por Coimbra (2004), quando a autora afirma que tal tipo de conhecimento promove o reconhecimento de pesquisas como sendo mais nobres e de maior valor acadêmico do que outras, e por Simões (2004), que aponta para a avaliação da pós-graduação pensada e conduzida pela ótica da tecnocracia, ao invés de pela ótica do educador.…”
Section: Individualização E Competitividadeunclassified
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“…Para Barros (2004), há uma necessidade de se produzir bifurcações no pensamento hegemônico, visto que esse é compatível com uma racionalidade e uma política que "desprezam os humanos e a vida", quando a universidade brasileira, em suas políticas educacionais de pesquisa e gestão, passa a funcionar com objetivos de cumprimento de metas produtivistas, produzindo perda do conhecimento independente, laico e reflexivo em função da promoção do conhecimento tecnocrático. A tecnocracia, o conhecimento tecnocrático e/ou tecnicismo cientificista também aparecem com funções de incompatibilidade nas discussões trazidas por Coimbra (2004), quando a autora afirma que tal tipo de conhecimento promove o reconhecimento de pesquisas como sendo mais nobres e de maior valor acadêmico do que outras, e por Simões (2004), que aponta para a avaliação da pós-graduação pensada e conduzida pela ótica da tecnocracia, ao invés de pela ótica do educador.…”
Section: Individualização E Competitividadeunclassified
“…Em Coimbra (2004), também são trazidas reflexões como a comparação do campus universitário como um "pregão", e do professor como um híbrido de cientista e de corretor de valores, visto o funcionamento da universidade como uma empresa capitalista e a necessidade de se preencher relatórios, de alimentar estatísticas, levantar verbas e promover visibilidade para si mesmo e seu departamento. Inflar as estatísticas de "boa gestão dos governos" aparece na discussão sobre políticas científicas (Castro, 2010) em conjunto com a lógica do capital, existente nos produtos e tecnologias demandados pelos governos.…”
Section: Individualização E Competitividadeunclassified
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