Resumo Este artigo trata da produção científica relativa ao campo Saúde do Trabalhador, mais especificamente, sobre como a Revista Ciência & Saúde Coletiva, tem contribuído para a consolidação deste. Trata-se de um estudo qualitativo-descritivo com base em uma revisão do acervo da revista, no período de 1996 a 2019. Efetivou-se a seleção de artigos, resultando na amostra de 156 textos, organizada por grupos temáticos. O tema foi se desenhando com a predominância de estudos Epidemiológicos e de Políticas Públicas, e de caráter Teórico-metodológicos e relacionados às Transformações no Mundo do Trabalho. Cerca de 60% das publicações estão concentradas entre os anos de 2009 e 2015. Há diminuição relevante do número de publicações a partir de 2016. Os artigos abordam o campo Saúde do Trabalhador de maneira abrangente e diversificada. Há maior ênfase em investigações sobre trabalho e ambiente, agravos à saúde, formulação e implementação de políticas e programas. A revista cumpre expressiva contribuição ao campo Saúde do Trabalhador no cenário nacional. Fortalecer a produção acadêmica neste campo, especialmente diante da derrocada de direitos, é um desafio que se mantém.
O artigo constitui relato de pesquisa acerca do fenômeno da precarização e da flexibilização laboral no âmbito da Universidade Pública Brasileira, investigando a experiência de trabalho dos professores substitutos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e os dados, construídos a partir da Análise Sociológica do Discurso. Propomo-nos a investigar o lugar ocupado pelo trabalho na vida desses professores e quais as evidências de flexibilização e precarização identificadas por eles em seu exercício profissional. Além disso, pretendemos colaborar com as discussões sobre os processos de subjetivação através do trabalho, investigando os impactos aludidos pelos professores substitutos em sua constituição subjetiva. Âmbito em que a temporalidade constitui recurso privilegiado de compreensão das transformações que caracterizam a contemporaneidade.
Esta entrevista é motivada pelo interesse em debater o impacto e os desdobramentos das contribuições da ergonomia de Alain Wisner para a análise do trabalho. A entrevistada, Leda Leal Ferreira, médica do trabalho e ergonomista aposentada pela Fundacentro, faz parte de um grupo de pesquisadores brasileiros que empreenderam formação em ergonomia com Wisner na França e, em seguida, contribuíram para o desenvolvimento dessa disciplina no Brasil. A entrevistada fala sobre sua formação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e no Conservatório Nacional das Artes e Ofícios (CNAM, na sigla em francês), e trata da relevância do médico francês para o desenvolvimento da ergonomia brasileira. Explica, resumidamente, as semelhanças e distinções entre a Análise Coletiva do Trabalho, método por ela desenvolvido, e a Análise Ergonômica do Trabalho, desenvolvido por Wisner. Observando o contexto político em que se deu a entrevista, fala dos desafios enfrentados pelas abordagens que visam à melhoria das condições de trabalho diante de um quadro de crescente fragilização das relações laborais e das reformulações das políticas de segurança e saúde no trabalho.
ResumoNeste artigo debatemos a hipótese da taylorização do trabalho dos desenvolvedores das fá-bricas de software a partir do discurso destes profissionais. O uso de normas de qualidade na produção de software é debatido como possível traço de precariedade dentro deste contexto. Os argumentos de que o processo de software é rotinizado e os trabalhadores desqualificados são discutidos em contraponto com as falas dos próprios desenvolvedores. Consideramos a hipótese da taylorização imprecisa para descrever a experiência laboral dos entrevistados; visto que os pressupostos da organização taylorista não pautam a divisão da produção das fábricas de software. Logo, sendo mais apropriado refletir sobre o processo de racionalização da produção de software.
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