2003
DOI: 10.1590/s0102-71822003000200004
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A psicologia feminista e a violência contra as mulheres na intimidade: a (re)construção dos espaços terapêuticos

Abstract: O presente documento constitui uma reflexão crítica sobre os pressupostos gerais das metodologias feministas aplicados ao exercício da Psicologia especificamente em contextos terapêuticos. É feita uma breve alusão ao enquadramento histórico que esteve subjacente à emergência da Psicologia feminista, bem como aos princípios que estiveram na base do desenvolvimento de novas e inovadoras práticas terapêuticas dirigidas, sobretudo a mulheres, numa lógica de intervenção feminista. Ao advogar o princípio da emancipa… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
5
0
36

Year Published

2005
2005
2022
2022

Publication Types

Select...
6
1
1

Relationship

1
7

Authors

Journals

citations
Cited by 26 publications
(41 citation statements)
references
References 7 publications
0
5
0
36
Order By: Relevance
“…Os dados diretos foram extraídos das oficinas realizadas para a discussão das temáticas sexualidade e cenários de trabalho-lazer. Na discussão, consideramos as contribuições da Psicologia Feminista (Fine & McClelland, 2007;Neves & Nogueira, 2003;Toneli, Adrião, & Perucchi, 2013) com foco nas questões de poder (Butler, 2004) participação da comunidade. A primeira delas foi um curso de sensibilização, da equipe e das(os) jovens, chamado curso de Mídias Móveis, que teve a duração de dez dias no campo com a participaçao de 70 jovens da sub-região no formato de oficinas.…”
Section: Sobre O Métodounclassified
See 1 more Smart Citation
“…Os dados diretos foram extraídos das oficinas realizadas para a discussão das temáticas sexualidade e cenários de trabalho-lazer. Na discussão, consideramos as contribuições da Psicologia Feminista (Fine & McClelland, 2007;Neves & Nogueira, 2003;Toneli, Adrião, & Perucchi, 2013) com foco nas questões de poder (Butler, 2004) participação da comunidade. A primeira delas foi um curso de sensibilização, da equipe e das(os) jovens, chamado curso de Mídias Móveis, que teve a duração de dez dias no campo com a participaçao de 70 jovens da sub-região no formato de oficinas.…”
Section: Sobre O Métodounclassified
“…Nos resultados das pesquisasintervenções anteriores realizadas junto a mulheres jovens, em Recife, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, e do Sertão Central de Pernambuco; bem como junto a mulheres e homens jovens dos bairros populares urbanos, e de regiões em "desenvolvimento econômico"; as desigualdades de gênero, geração, classe e território ganham relevo enquanto atravessamentos nos/dos processos de subjetivação e trajetórias afetivosexuais dos/as jovens (Quadros, Adrião, & Xavier, 2011). Entretanto, na literatura nem sempre tais marcadores estão correlacionados ao debate a respeito do poder, particularmente no campo da Psicologia (Neves & Nogueira, 2003;Toneli, Adrião, & Perucchi, 2013). Pretendemos problematizar estas questões, particularmente a partir dos sentidos produzidos pelos/ as jovens sobre processos de subjetivação sexual e introdução Este artigo tem como propósito ampliar a discussão sobre processos de subjetivação e sua interface com relações micro e macro, a partir do diálogo com a literatura acerca de feminismo, gênero e Psicologia social, tendo como base os resultados de uma pesquisa-intervenção.…”
unclassified
“…From the articulation between political activism and academic work, in the process of reacting "against a male-dominant pseudo order" (Neves & Nogueira, 2003), psychological science has assumed significantly, although not consensually (Burman, 1998;Harding, 1990), a position of claiming equality between sexes in the theoretical productions and in psychological interventions. As the Portuguese researchers Sofia Neves and Conceição Nogueira (2003, p. 45) state, "in seeking guiding principles in feminist assumptions, feminist Psychology positions itself unequivocally in an actively anti-sexist line of action, sustaining that men and women and their concerns and experiences are equally valuable and important in the eyes of scientific knowledge".…”
mentioning
confidence: 99%
“…As the Portuguese researchers Sofia Neves and Conceição Nogueira (2003, p. 45) state, "in seeking guiding principles in feminist assumptions, feminist Psychology positions itself unequivocally in an actively anti-sexist line of action, sustaining that men and women and their concerns and experiences are equally valuable and important in the eyes of scientific knowledge". In this sense, feminist Psychology -little known in the Brazilian and Latin American context, but active in the United States (Chrisler & McHugh, 2011), in Canada (Austin, Rutherford, & Pyke, 2006) and in some European countries, such as Portugal (Neves & Nogueira, 2003;Saavedra, 2010), Spain (Ubach, 2008) and England (Burman, 1990(Burman, , 1998Stainton Rogers & Stainton Rogers, 2001) is positioned unequivocally in an actively anti-sexist line of action, sustaining that in the eyes of science both the experiences, and the values, concerns and experiences of men and women should be equal. Thus, feminist psychology not only offers understanding of the "feminine condition," but also of other classification systems that generate oppression such as race, sexual orientation, class among others (Neves & Nogueira, 2003).…”
mentioning
confidence: 99%
“…(Hill, Bond, Mulvey & Terenzio, 2000) As ciências sociais, durante décadas, invocaram a chancela da objectividade como pilar de garantia da produção de discursos científicos independentes, fidedignos, verdadeiros e universais (Breuer, Mruck & Roth, 2002;Neves & Nogueira, 2003;Nogueira, 1996;Miller, 2000;Tittoni & Jacques, 1998). Tentando criar a impressão de que os seus produtos seriam eles mesmos objectivos, as ciências sociais foram sustentando a crença de que o conhecimento científico não poderia ser senão autónomo da pessoa que o produzia (Breuer & cols., 2002), o que lhe deferia um rigor e uma imparcialidade inquestionáveis.…”
unclassified