“…Ainda, este conhecimento, por se pretender 'universal' e 'objetivo', nega veementemente a 'experiência' como uma categoria válida de análise. Desta forma, as cientistas denunciam o caráter androcêntrico, sexista, classista e colonial da ciência moderna, que desde sua concepção até os dias atuais continua a invisibilizar qualquer sujeito que não seja o homem, branco, cristão, burguês e do Norte global como agente de produção de conhecimento (Grosfoguel, 2008;Neves e Nogueira, 2005). 3 Neste sentido, as epistemologias feministas tecem uma crítica severa à racionalidade e à neutralidade científica moderna quando expõem que os/as cientistas são atravessados/as por marcadores de classe, género, orientação sexual e raça/etnia e que sua biografia pessoal está, invariavelmente, presente em sua produção científica -em especial nas ciências sociais e humanas, que envolvem, quase sempre, a sustentação de um ponto de vista e posicionamento (Bandeira, 2008;Cunha, 2011).…”