2005
DOI: 10.1590/s0102-79722005000300015
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Metodologias feministas: a reflexividade ao serviço da investigação nas ciências sociais

Abstract: ResumoNos últimos anos as metodologias feministas têm influenciado fortemente a psicologia e as ciências sociais em geral, trazendo para o domínio da investigação novas possibilidades de pesquisa e de entendimento das dinâmicas sociais. A denominada crise positivista, muito marcada pelas críticas feministas à objectividade e neutralidade da ciência, legitimou a emergência de portentosas ferramentas analíticas, entre as quais a reflexividade. Este artigo explora a importância da adopção da reflexividade no proc… Show more

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“…Ainda, este conhecimento, por se pretender 'universal' e 'objetivo', nega veementemente a 'experiência' como uma categoria válida de análise. Desta forma, as cientistas denunciam o caráter androcêntrico, sexista, classista e colonial da ciência moderna, que desde sua concepção até os dias atuais continua a invisibilizar qualquer sujeito que não seja o homem, branco, cristão, burguês e do Norte global como agente de produção de conhecimento (Grosfoguel, 2008;Neves e Nogueira, 2005). 3 Neste sentido, as epistemologias feministas tecem uma crítica severa à racionalidade e à neutralidade científica moderna quando expõem que os/as cientistas são atravessados/as por marcadores de classe, género, orientação sexual e raça/etnia e que sua biografia pessoal está, invariavelmente, presente em sua produção científica -em especial nas ciências sociais e humanas, que envolvem, quase sempre, a sustentação de um ponto de vista e posicionamento (Bandeira, 2008;Cunha, 2011).…”
unclassified
“…Ainda, este conhecimento, por se pretender 'universal' e 'objetivo', nega veementemente a 'experiência' como uma categoria válida de análise. Desta forma, as cientistas denunciam o caráter androcêntrico, sexista, classista e colonial da ciência moderna, que desde sua concepção até os dias atuais continua a invisibilizar qualquer sujeito que não seja o homem, branco, cristão, burguês e do Norte global como agente de produção de conhecimento (Grosfoguel, 2008;Neves e Nogueira, 2005). 3 Neste sentido, as epistemologias feministas tecem uma crítica severa à racionalidade e à neutralidade científica moderna quando expõem que os/as cientistas são atravessados/as por marcadores de classe, género, orientação sexual e raça/etnia e que sua biografia pessoal está, invariavelmente, presente em sua produção científica -em especial nas ciências sociais e humanas, que envolvem, quase sempre, a sustentação de um ponto de vista e posicionamento (Bandeira, 2008;Cunha, 2011).…”
unclassified
“…Fundamentando-se em estudos de gênero e em uma produção científica feminista, optou-se pelo uso do método qualitativo para nortear os passos desta pesquisa por este conter elementos condizentes com as práticas feministas (Narvaz & Koller, 2006;Neves & Nogueira, 2005). Realizamos um estudo de casos múl-tiplos, com três mulheres que eram exclusivamente donas de casa e não possuíam qualquer fonte de renda individual.…”
Section: Amostra E Procedimentosunclassified
“…Uma perspectiva científica não se revela feminista apenas por abordar questões referente às mulheres, mas por ter um projeto de ciência eminentemente intervencionista, comprometido com a diversidade, com vistas à promoção da equidade e à mudança dos paradigmas vigentes, em busca de uma sociedade mais igualitária (Sofia NEVES;Conceição NOGUEIRA, 2005). João Oliveira (2010) afirma que os saberes feministas são intersticiais, dialógicos, constituídos pela dissolução das fronteiras que demarcam campos do conhecimento.…”
Section: Introdução Introdução Introdução Introdução Introduçãounclassified