2001
DOI: 10.1590/s0102-69922001000100011
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A problemática da economia solidária: uma perspectiva internacional

Abstract: Resumo. O presente artigo apresenta e discute a temática da economia solidária. Trata da sua origem, como conceito e do seu contexto de emergência, como fenômeno, situando-a numa problemática européia que lhe é fundadora. O texto procura também interpretar o sentido de tal tipo de prática apoiando-se em pressupostos de uma tradição de estudos do campo da Antropologia econômica. Esta abordagem demonstra grande pertinência ao sugerir uma desconstrução da idéia convencional de Economia, o que permite a apreensão … Show more

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“…Tais iniciativas revelam-se relativamente diversas no que diz respeito a área de atuação, modo de estruturação, natureza jurídica e grau de abrangência da prática, entre outros aspectos. Com o conceito de economia solidária ou economia popular e solidária é possível indicar um campo institucional em formação (França Filho, 2006). Nesse campo institucional, quatro instâncias principais o conformam: (1) as inciativas socioeconômicas propriamente ditas, mais conhecidas como Empreendimentos Econômicos Solidários (EES); (2) as Entidades de Assessoria, Apoio e Fomento (EAF), que são organizações de suporte aos EES tais como incubadoras de economia solidária ligadas a universidades ou OSC; (3) as formas de auto-organização política como os variados fóruns e redes de economia solidária em múltiplos níveis e escalas; e (4) as instâncias políticas governamentais como secretarias, órgãos ou departamentos presentes em diferentes governos.…”
Section: Proposição De Grade Analíticaunclassified
“…Tais iniciativas revelam-se relativamente diversas no que diz respeito a área de atuação, modo de estruturação, natureza jurídica e grau de abrangência da prática, entre outros aspectos. Com o conceito de economia solidária ou economia popular e solidária é possível indicar um campo institucional em formação (França Filho, 2006). Nesse campo institucional, quatro instâncias principais o conformam: (1) as inciativas socioeconômicas propriamente ditas, mais conhecidas como Empreendimentos Econômicos Solidários (EES); (2) as Entidades de Assessoria, Apoio e Fomento (EAF), que são organizações de suporte aos EES tais como incubadoras de economia solidária ligadas a universidades ou OSC; (3) as formas de auto-organização política como os variados fóruns e redes de economia solidária em múltiplos níveis e escalas; e (4) as instâncias políticas governamentais como secretarias, órgãos ou departamentos presentes em diferentes governos.…”
Section: Proposição De Grade Analíticaunclassified
“…Esta ação na esfera política é bastante congruente, assim como o que é destacado por França Filho (2001), de que a experiência de economia solidária supõe uma articulação específica entre as esferas econômica, social e política, sendo o seu objetivo muito mais aquele de uma articulação junto à esfera pública, a fim de produzir uma reimbricação da economia num projeto de integração social e cultural.…”
Section: Construção Da Rede Sociotécnicaunclassified
“…É corrente a noção de que as atividades em tais empreendimentos devem ser baseadas na autogestão, de forma que preservem a simetria nas relações entre os atores sociais, conferindo-lhes o direito de participar igualmente dos processos de gestão e distribuição de resultados (Gaiger, 2006;Singer, 2003). Por essa razão, tem se discutido, como uma contribuição desses empreendimentos, a possibilidade de configurarem uma realidade laboral distinta, que promova a transformação individual e social, ainda que em âmbito local, modificando as perspectivas de realização pessoal e geração de renda por meio do trabalho (Coelho & Godoy, 2011;França Filho, 2001;Paula et al, 2011).…”
Section: Economia Solidáriaunclassified