Re su mo A pesquisa apresentada neste artigo buscou conhecer a participação social em uma iniciativa da promoção da saúde desenvolvida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Tratou-se de pesquisa desenvolvida em 2009 com abordagem qualitativa, em que foram realizados análise documental, entrevistas (com gestores e técnicos), grupos focais (com conselheiros regionais) e análise de conteúdo com triangulação dos dados. A percepção quanto à participação social não se restringiu à experiência, pois destacaram-se a institucionalização de canais de participação no município e os conselhos regionais urbanos, considerados como avanço nos processos democráticos, propulsores de maior envolvimento dos conselheiros nas decisões do planejamento urbano. Porém, barreiras ao exercício democrático foram ressaltadas: necessidade de formação política de conselheiros, fragilidade de presença da população nas instâncias participativas, dificuldade de articulação com o legislativo, falta de conhecimento e acesso à informação, dificuldades na atuação como conselheiro e descrença no processo participativo, causando evasão de lideranças. Observaram-se o fortalecimento desses espaços colegiados e a união das lideranças nos bairros em torno de objetivos comuns, com a formação de uma espiral crescente de participação, estimulada por uma rede de apoio comunitário. Pa la vras-cha ve participação social; políticas públi-cas; promoção da saúde.
Abs tractThe study presented in this article aimed to analyze social participation in a health promotion initiative carried out in the city of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. This survey was conducted in 2009 based on a qualitative approach involving document analysis, interviews (with managers and technicians), focus groups (regional directors), and content analysis with data triangulation. The views on social participation were not restricted to the experience, since the institutionalization of participation channels in the city and regional urban boards stood out, and they are seen as progress made in the democratic processes and as drivers of the greater involvement of the members of the board in urban planning decisions. However, barriers to democratic exercise were highlighted: The need for training in policy for advisers, the fragility of the population's presence in participatory instances, difficulty in coordinating with the legislative, a lack of knowledge and access to information, difficulties in acting as an adviser, and disbelief in the participatory process, which causes the evasion of leaderships. It was noticed that these collegiate spaces were strengthened and that the leaders in the neighborhoods came around common objectives, forming a growing spiral of participation driven by a network of community support.