Distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores do setor saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Abstract

Estudo transversal que investigou a prevalência de distúrbios musculoesqueléticos e os fatores associados em uma amostra de 1.808 sujeitos do universo de 13.602 trabalhadores do sistema municipal de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. A prevalência foi avaliada com base no autorrelato de dor nos membros superiores, membros inferiores e dorso; a magnitude das associações foi estimada por meio da regressão de Poisson, em modelos univariados (p < 0,20) e multivariados (p < 0,05). A prevalência de distúrbios musculoesqueléticos foi de 49,9%; e permaneceu positivamente associada a ser do sexo feminino; viver com um companheiro; praticar atividade física menos que duas vezes por semana; relato compatível com transtorno mental comum; exercer cargos de dentista, técnico de odontologia e agente comunitário de saúde; alta demanda física e condições de trabalho inadequadas. Os resultados confirmam a complexidade dos distúrbios musculoesqueléticos e indicam pistas para a elaboração de programas de promoção da saúde nos estabelecimentos sanitários.

Musculoskeletal Disorders In Informal Mining Workers

“…The results confirmed the existence of musculoskeletal disorders in some body segment of the miners, since most workers reported its occurrence in some region of the body (60.6%). The percentage of musculoskeletal symptoms found in this approach with the miners is considered relatively critical since national surveys with different professional groups reveal prevalence ranging from 38.5% to 94.0% [5][6][8][9][10] on the other hand, international study highlights the prevalence of musculoskeletal disorders among mining workers of 40.4% to 50.0% [4,7]. The findings accused musculoskeletal symptoms especially in the lumbar and dorsal region, indicating these locations as the most affected by pain, numbness, tingling or discomfort by the physical effort required by the activity, resulting from long periods in inadequate postures (in a bent position, sitting and especially standing/upright), submitting these regions to exaggerated efforts.…”

“…However, a more recent study found no significant relationship between working hours and WMSDs [6,30].…”

“…The considerations around this public health problem are due to the fact that these disorders are common in both developed and developing countries [4][5][6][7][8][9][10].…”

Engajamento no trabalho, impedimentos organizacionais e adoecer: a contribuição da Ergonomia da Atividade no setor público brasileiro

“…Vários estudos foram realizados em diversos setores -saúde, educação, justiça, segurança pública, por exemplo -em resposta à demanda social, que se exprime desde o final dos anos 90 por meio de absenteísmo e problemas de saúde dos servidores nos níveis municipal, estadual e federal. Dentre eles, podem ser citados: a prevalência de problemas musculoesqueléticos em trabalhadores da saúde (BARBOSA et al, 2012), prevalência de disfonia (JARDIM et al, 2007), transtornos mentais em professores da rede pública em Belo Horizonte (GASPARINI et al, 2005), afastamentos de servidores nos estados do Ceará (NOGUEIRA et al, 2010) e Alagoas (SILVA et al, 2012).…”

Promoting the mental health of health professionals

“…Therefore, strategies should be established to combat dissatisfaction with work capacity and inadequate working conditions as well, as these were significantly associated with absenteeism in work sectors. 14 In another study we investigate the care production strategies in mental health professionals from a Community Center, where the prospects that this approach brings to the workers in this sector are very favorable to the better development of their work activities in the service daily promoting better recognition of the plurality of the determinants of mental health-disease process. The design of health workers, linked to social determination of the health-disease, how they face their problems in daily work are the result of the ways is embedded in social reproduction and thus the psychological distress is understood as a social production multiple and complex determination.…”