Acesso à alimentação escolar e estado nutricional de escolares no Nordeste e Sudeste do Brasil, 1997

Abstract

Com base na Pesquisa sobre Padrões de Vida de 1996/1997, realizada nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, analisaram-se informações sobre oferta de refeição gratuita nas escolas e antropometria de crianças de 7-10 anos. Daquelas matriculadas em escolas públicas, 87,4% freqüentavam estabelecimentos que ofereciam refeição gratuita, sendo 77,9% no Nordeste; 93,7% no Sudeste; 77,9% na área rural e 90,7% na área urbana. A oferta nas escolas municipais foi inferior à das estaduais, principalmente no Nordeste rural (90,2% nas estaduais e 69,6% nas municipais). Do total de crianças, 13,2% apresentavam desnutrição por déficit de estatura (13,8% meninos; 12,6% meninas), com maior prevalência no Nordeste rural (22%) e menor no Sudeste rural (8,5%). A prevalência de sobrepeso foi expressiva (9,6%), maior no Sudeste urbano (15,6%) e menor no Nordeste rural (2,7%). A desnutrição foi prevalente entre crianças que não freqüentavam escolas (27,9% vs. 11,8%) ou em escolas que não ofereciam refeição gratuita (17,9% vs. 11,8%); o sobrepeso foi prevalente em crianças que recebiam refeição gratuita (9,8% vs. 5,5%). Percebe-se uma focalização inadequada da oferta quanto aos critérios geográficos, econômicos e biológicos.

Malnutrition in school children in an urban-rural region of the extreme South of São Paulo city

“…In developing countries, it is estimated that the prevalence of malnutrition in children aged up to 60 months is 8% for weight-for-height, 32% for height/age, and 27% for weight-for-age (18) . A study carried out by Burlandy (19) with school children between 7 and 10 years of age identified a total of 13.2% who presented with malnutrition seen by height deficit (13.8 and 12.5% of the boys and girls, respectively). The highest prevalence occurred, as expected, in the rural Northeast (21.9%), and the lowest, in the rural Southeast (8.4%).…”

Determinantes do consumo da merenda escolar no Brasil: análise dos dados da PNAD de 2004 e 2006

“…Verifica-se, também, que a média da idade é mais alta na rede pública (10,6 anos em 2006) do que na rede particular (9,0 anos). A oferta de merenda na creche ou escola é muito mais frequente na rede pública [5] verificaram que das crianças de 7 a 10 anos matriculadas em escolas públicas, 87,4% frequentavam estabelecimentos que ofereciam refeição gratuita, sendo 77,9% no Nordeste, 93,7% no Sudeste, 77,9% na área rural e 90,7% na área urbana. Embora não seja considerada a mesma faixa etária, os dados mais recentes apresentados na Tabela 1 indicam que houve substancial aumento da cobertura e grande redução das diferenças desfavoráveis à região mais pobre (Nordeste) e à área rural.…”

“…b) Há 3 variáveis binárias que captam o efeito de pertencer a diferentes faixas de idade, em comparação com os alunos com 5 a 10 anos de idade, que é a categoria adotada como base. 5 Modelos de lógite foram usados por Sturion et al [6] com a mesma finalidade. As variáveis explanatórias usadas não são as mesmas, mas para as variáveis comuns o sentido dos efeitos estimados é sempre igual ao dos obtidos neste artigo.…”

Gestão de um programa de alimentação escolar em um município paulista

“…Deve-se ressaltar que a falta de informações sobre o estado nutricional da clientela atendida pelo programa constitui-se como limitação importante para a definição do padrão alimentar estabelecido para as escolas, que se apresenta de for ma diferenciada no município. Em estudo que analisou informações sobre oferta de refeições e estado nutricional da clientela, identificou-se que o déficit de altura/idade foi maior no Nordeste e nas crianças de regiões que freqüentavam escolas que não ofereciam alimentação (28) . Considerando-se que, em Ribeirão Preto, os gastos com a alimentação escolar representaram 5% dos recursos que o município investiu em educação, pode-se inferir que existem possibilidades de focalizar a oferta de refeições, utilizando-se critérios biológicos, econômicos e geográficos (29) .…”