“…(CASTEL, 2001(CASTEL, , 2003ARÁN, 2006), 3) A criação do termo "Transexualismo" por Cauldwell em 1949, através do artigo Psychopatiatran sexualis. Neste artigo, Cauldwell apresentava o relato clínico de uma menina que queria ser menino; definindo a transexualidade como um desejo mórbido e patológico em querer ser membro do sexo oposto, defendendo a ideia da existência de uma variedade de "graus" na forma de expressar a psicopatia transexual (CAULDWELL, 2001), 4) a documentação e a publicização, em 1952 da primeira cirurgia para adequação do sexo na cidade de Copenhague -Dinamarca: o ex-soldado americano Georges Jorgensen passava a ser Cristine -um marco midiático que ultrapassou os espaços medicalizados e os meios científicos (FRIGNET, 2002;RANSEY, 1998;VIEIRA, 1996;PERES, 2001, CASTEL, 2001CHILLAND, 1998CHILLAND, , 2003 Esses movimentos contribuíram para consolidação da transexualidade enquanto patologia, com contorno definido, características diagnósticas específicas e uma condução terapêutica definida. Quando Foucault nos coloca que, entre suas características, os dispositivos emergem num determinado momento histórico para responder a uma urgência, talvez possamos pensar que a invenção da transexualidade, enquanto patologia, emergiu da necessidade urgente de classificar e de diferencia-lá da homossexualidade e dos estados intersexuais.…”