“…Essa capacidade permite que as empresas avaliem melhor as oportunidades externas (COHEN; LEVINTHAL, 1990), explorando-as primeiramente que seus concorrentes ( DE BOER, 1999), possuindo maiores chances de inovar (EBERS; MAURER, 2014;MUROVEC; PRODAN, 2009) e, portanto, de obter vantagens competitivas (ZAHRA;GEORGE, 2002). O desenvolvimento da CA também é visto como importante para permitir que a empresa obtenha melhores resultados nas suas parcerias (COHEN; LEVINTHAL, 1990;LANE;LUBATKIN, 1998;ROSA, 2013).Tal capacidade é afetada por diversos fatores, como as atividades de P&D e qualificação da mão de obra, variáveis que são utilizadas inclusive como proxy para a CA (BRUNEEL; D'ESTE; SALTER, 2010; DE FUENTES; DUTRÉNIT, 2014; DE NEGRI, 2006;GARCIA et al, 2014). Porém, como Cohen e Levinthal (1990) já destacavam teoricamente, a CA não exige apenas esforços em P&D internamente, mas também que os conhecimentos obtidos sejam disseminados por meio de uma maior interação entre os departamentos da empresa (JANSEN; VOLBERDA, 2005;SCHMIDT, 2005), maior confiança entre os empregados e participação destes em projetos inovativos (EBERS; MAURER, 2014), assim como por meio de processos formalizados que auxiliem nesse processo de absorção de conhecimentos externos (VEGA-JURADO; GUTIÉRREZ-GRACIA; FERNÁNDEZ-DE-LUCIO, 2008).…”