Infecção de sítio cirúrgico: estudo prospectivo de 2.149 pacientes operados

Abstract

A atual caracterização de infecção do sítio cirúrgico em incisional superficial, incisional profunda e órgão cavidade, em substituição à tradicional definição de "infecção de ferida operatória", associada a estratificação dos pacientes em grupos de risco de infecção cirúrgica de acordo com a metodologia NNISS (National Nosocomial Infection Surveillance System), permitiram a obtenção de taxas de infecção mais fidedignas e estudos comparativos entre instituições diferentes. Baseado nessa metodologia, o presente trabalho analisa prospectivamente 2.149 pacientes operados no Serviço de Cirurgia do Hospital Geral César Cals (HGCC)-CE, estratificados pelo IRIC (Índice de Risco de Infecção Cirúrgica) e comprova diferenças estatisticamente significativas nas taxas de infecção de sítio cirúrgico para os grupos de IRIC 0, 1,2 e 3, respectivamente de 3,2%, 7,4%, 16,6% e 20,9%. As infecções de maior gravidade ocorrem em pacientes com IRIC 3 e a vigilância pós-alta é importante, na medida em que muitas infecções somente serão diagnosticadas após a alta hospitalar.

Fatores De Risco Para Infecção Do Sítio Cirúrgico Em Cirurgias Potencialmente Contaminadas

“…In the present study, the cases found with SSI were classified and proved according to the elaboration of some studies in the area. 8,[18][19][20][21][22] The prevalence of SSIs in the hospital setting was seven (8.3%) and 41 (48.8%),in the home setting, respectively. This result is considered acceptable and coincides with other studies, such as the one performed in Amazonia that found a total of 81 (3.68%) SSIs when analyzing 2,203 patients in the period from 2009 to 2010.…”

“…[23][24][25][26][27][28][29] The risk factors related to the development of a SSI in the postoperative period in the hospital setting which stood out in this study were cholecystectomy surgeries, acute cholecystitis diseases and cholelithiasis, and the period of hospitalization until discharge, which are corroborated in the research scientific studies. 8,21,[25][26] However, cholecystectomy and the diagnosis of acute cholecystitis were not significant or differential elements that could certify that the patients who presented these factors suffered more SSIs in the hospital setting than those who did not undergo this surgical intervention, nor were they diagnosed with the disease, 33 these results did not compromise the achievement of the objectives proposed by this research statistically.…”

“…Brazil presents a prevalence of 9.3% cholelithiasis cases in the general population, requiring about 60,000 hospitalizations per year in the Brazilian Unified Health System (SUS) . [21][22][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46] In another study 23,2,203 , participants undergoing general anesthetic surgical procedures were investigated, 81 (3.68%) presented with a SSI, 59 (72.84%) of these were due to potentially contaminated surgeries, however the cholecystectomy surgery was the most prevalent with 38 (46.91%) cases.…”

Frequência de infecção do sítio cirúrgico em gastrectomia

“…Quanto à vigilância pós-alta, a literatura ressalta sua importância, pois os casos de infecção seriam subestimados se ela não existisse, como podemos verificar em estudos, nos quais os autores identificaram que 32,5% dos casos de infecção foram diagnosticados no ambulatório durante o retorno do paciente 19 . Em outra pesquisa, os estudiosos verificaram que 62,9% das infecções do sítio cirúrgico foram notificadas no ambulatório de egressos, sendo que a maioria das infecções (89,7%) foi notificada até 21 dias após a cirurgia 20 .…”

Análise dos fatores de risco relacionados à incidência de infecção do sítio cirúrgico em gastrocirurgias

“…Em um estudo detectou-se também maior incidência de infecção considerada incisional superficial, os autores da investigação ressaltaram a importância da vigilância pós-alta, pois 32,5% dos casos de infecção detectados foram identificados no ambulatório durante o retorno do paciente; entretanto, não constava no artigo qual o período de acompanhamento do paciente após a realização do procedimento cirúrgico. (15) Na Tabela 5 demonstramos os fatores de risco de infecção do sítio cirúrgico encontrados nos 18 casos de infecção detectados neste estudo.…”