Diferentes olhares acerca dos conhecimentos necessários na formação inicial do professor de Química

Abstract

Recebido em 9/5/11; aceito em 27/9/11; publicado na web em 6/12/11 DIFFERENT PERSPECTIVES ON KNOWLEDGE REQUIRED IN INITIAL TEACHER TRAINING OF CHEMISTRY. This study investigated different understandings about the educational needs of a professor of Chemistry, related to "know" and "know-how". It was verified the convergence and divergence of perceptions of high school students from that point to literature and education legislation. The research was conducted in five states in northern Brazil. The results show the little dialogue between training institutions and secondary schools, since the different understandings about the training needs go in opposite directions.Keywords: pedagogical knowledge; initial formation; formative needs. INTRODUÇÃODesde a homologação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Formação de Professores da Educação Básica e para os Cursos de Química, o repensar sobre a formação inicial do professor de Química tem sido frequente nos cursos de Licenciatura em Química (LQ). Em alguns cursos foi constatado que esse fato apenas se configura como necessidade de adequação às normas oficiais, sem haver, de fato, preocupação dos agentes formadores em buscar caminhos pautados em orientações teórico-metodológicas para subsidiar as mudanças a serem realizadas nos cursos, que visem a melhoria da formação do professor de Química. [1][2][3][4][5] Por outro lado, também é possível encontrar, na literatura, narrativas de experiências vivenciadas em alguns cursos de LQ, mesmo antes da implantação das DCNs. Nesse sentido, tais relatos têm se configurado como necessidade de reflexão na busca constante dos melhores caminhos para construção de um currículo comprometido com a formação de cidadãos que promovam transformações na sociedade. [6][7][8][9] Ambas as perspectivas apresentam visões sobre os cursos de formação inicial de professores de Química com base no entendimento das Instituições de Ensino Superior (IES), sejam estabelecidas nos documentos oficiais das instituições -Projetos Político-Pedagógicos (PPP) e Matriz Curricular (MC) -e/ou nas concepções dos sujeitos envolvidos na formação -coordenadores de curso, docentes e licenciandos.Essa preocupação com a melhoria da qualidade do curso de LQ também tem ganhado espaço nos debates promovidos por entidades civis que visam congregar os profissionais da Química -Conselhos Regionais e Federal de Química (CRQs e CFQ) e Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Nesse sentido, a SBQ e o CRQ da IV região têm promovido, desde 2005, encontros de coordenadores de cursos de Graduação em Química -denominados, a partir de 2007, de Fórum Nacional de Coordenadores de Cursos de Graduação em Química. Em relação aos cursos de LQ, os temas debatidos nesses encontros têm sido: PPP do curso; atualização curricular -Prática como Componente Curricular; Estágio Curricular; carga horária dos cursos noturnos; valorização da docência; pesquisa na área de Ensino de Química; entre outros. 10 ALGUMAS VISÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE QUÍMICA NAS IESEstudos que buscam c...

Instrução Programada no ensino de conteúdos químicos: atividade desenvolvida na Residência Pedagógica

“…PEDAGÓGICA Gatti (2013) relaciona a realidade do ensino contemporâneo com a formação dos novos professores, sendo assim, foi possível encontrar na literatura científica diversos que direcionam seus objetivos para estudos sobre o processo formativo dos estudantes nas licenciaturas (MELO, 1999;FARIAS;FERREIRA, 2012;XAVIER, 2020).…”

Química na cozinha uma sequência didática para o ensino de propriedades coligativas

“…É importante relacionar os conhecimentos pedagógicos com os conceitos químicos, para que durante a formação do docente, não fique limitado às teorias pedagógicas e às teorias químicas, mas sim como se pode utilizar ambos para aplicação em sala de aula (Kasseboehmer & Ferreira, 2008). A formação de professores de química deve ser analisada com cuidado, não deixando de haver um bom embasamento teórico, pois são os conteúdos específicos que proporcionaram aos futuros professores a possibilidade de crescimento e renovação, não estagnando sua formação em um transmissor mecânico dos conteúdos do livro-texto (Carvalho, 2001, Farias & Ferreira, 2012.…”

Os conteúdos de ensino prescritos nas disciplinas integradoras de alguns cursos de licenciatura em química

“…Isso acontece pelo mesmo motivo já mencionado pelo autor em que, na maioria das vezes, nos falta o entendimento da teoria do currículo, já que no campo do conhecimento específico temos muitas disciplinas em que o que ensinar está, em muitos casos, bem formulado e estruturado. Como exemplo temos muitas disciplinas da área da Química que compõem os currículos das IES que apresentam um corpo de conhecimento estruturado -Química Orgânica, Química Inorgânica, Físico-química, entre outras.Apesar de não vislumbrar uma resposta, podemos encontrar na literatura muitas vertentes (que de certa forma tangenciam esse tema) sobre: as necessidades formativas dos professores,RAMALHO, 2001;PEREIRA, 2009;QUEIROZ, 2007); sobre as questões de identidade docente(FRANGELLA, 2005;ROSA, 2011;SÁ, 2012; SOUZA, 2011); também há estudos que se centram nos saberes(ARAÚJO;OLIVEIRA, 2009;GONÇALVES, 2001;LEITE, 2005;MENDES, 2008;PIMENTA, 2012; SAMPAIO, 2005) e nos conhecimentos docentes(FARIAS;FERREIRA, 2012;LIMA;NÚÑEZ, 2013;MOTA, 2005;PUENTES;AQUINO;NETO, 2010;LOGUERCIO, 2014; FERNANDEZ, 2014a; MACENO et al, 2011;PACHANE, 2004;CLEMONT, 2000;ROCHA, 2014;LOGUERCIO, 2013;ROSA, 2011;SÁ, 2012;MARTINS;COSTA, 2011;SÁ, 2012;SICCA;GONÇALVES, 2006;SOARES, 2012;SOUZA, 2012;VAITEKA;<...>…”