Compostos fenólicos e atividade antioxidante da casca de uvas Niágara e Isabel

Abstract

A produção de uvas no Brasil está localizada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Constitui-se em atividade consolidada, com importância socioeconômica, principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os quais respondem por 97% da produção nacional de vinhos. A uva Isabel é uma das principais cultivares de Vitis labrusca, e a Niágara Rosada, resultado da mutação somática ocorrida na uva Niágara Branca (Vitis labrusca L. x Vitis vinifera L.). São destaques como uvas de mesa comuns, sendo variedades rústicas e, portanto, menos exigentes. O desenvolvimento do trabalho foi feito com o objetivo de determinar conteúdo total de compostos fenólicos, utilizando acetona como solvente em diferentes concentrações, a determinação da atividade antioxidante, do teor de antocianinas totais, flavanóis nos extratos da casca das uvas de mesa Niágara Rosada e Isabel. Os resultados médios do teor de fenólicos totais no extrato acetona 75% foi de 1.026,69 a 1.242,78 mg GAE/100g de peso seco nas cultivares Isabel e Niágara , respectivamente. A atividade antioxidante avaliada apresentou valores de 89,22 e 157,31 µmol TEAC/g de amostra com o método ABTS e de 197,00 e 189,82 µmol TEAC/g de amostra no método DPPH para as cultivares Isabel e Niágara. A quantidade de antocianinas foi baixa comparada com outros frutos. Os valores de polifenóis refletem-se nos valores de TEAC, e observa-se uma correlação positiva entre a média do conteúdo de polifenóis totais com a média dos valores TEAC, o que se pode atribuir aos compostos fitoquímicos presentes nas cascas.

Adaptation of "Niagara Rosada" grape must to winemaking by partial cluster dehydration

“…The TSS value of the control was similar to that observed in literature for the same culture, while the concentration of phenolic compounds presents great differences regarding the outcome of researches which evaluate this parameter (TECCHIO et al 2009;SCHIEDECK et al 1999;SOARES et al 2008;VEDANA et al 2008). It is believed that this variation results from the use of different methods for the extraction of phenolic compounds.…”

An in vitro analysis of the total phenolic content, antioxidant power, physical, physicochemical, and chemical composition of Terminalia Catappa Linn fruits

“…The quantity measured in this study is comparable to the phenolic content found in 100 g the Niagara and Isabella varieties of grape, 183.04 ± 11.63 and 196.83 ± 16.97 mg GAE, respectively, which are widely recognised as potential sources of phenolic compounds (ASOLINI; TEDESCO;CARPES, 2006;BROINIZI et al, 2007;SOARES et al, 2008).…”

“…Studies of tea have found a maximum quantity of 50 mg GAE.g -1 . When comparing phenolic quantifications in the cashew fruit, it was found that the castanhola has a higher composition of these compounds compared to that of the cashew pseudo-fruit with 2.8 to 10.4 mg of gallic acid/g of bagasse (ASOLINI; TEDESCO;CARPES, 2006;BROINIZI et al, 2007;SOARES et al, 2008).…”

Épocas de aplicação e concentrações de ácido abscísico no incremento da cor da uva ‘Isabel’

“…A maioria dos trabalhos realizados está baseada na quantificação destes compostos nos vinhos, sendo raras as informações sobre o PT nas bagas das uvas e no suco (SATO et al, 2012). Observa-se, porém, que as médias neste trabalho estão abaixo das obtidas por Soares et al (2008) Para as uvas destinadas à elaboração de suco, dentre os vários aspectos que devem ser considerados, destacam-se o teor de açúcar, que deve ser alto, porém equilibrado com a acidez e o teor de matéria corante, que também deve ser elevado, por estar diretamente relacionado à aceitabilidade do suco por parte do consumidor . Em avaliação sensorial de suco de uva 'Isabel', em cortes com diferentes cultivares, Borges et al (2011) verificaram que, para o atributo cor, o suco que continha somente uva 'Isabel' obteve a menor aceitação pelo grupo de provadores, devido à cor menos acentuada.…”