Adolescência na percepção de professores do ensino fundamental

Abstract

RESUMOPesquisa qualitativa realizada com 11 professores de um colégio estadual de Curitiba, para apreender como os professores do ensino fundamental percebem a adolescência. As informações foram coletadas por meio da estratégia Discussão de Grupo e organizadas em quatro categorias temáti-cas. Identificou-se nos relatos dos professores a pluralidade de significações atribuídas ao processo de adolescer, com ênfase na singularidade da adolescência. A adolescência se constitui em fenômeno singular, apresenta variações de acordo com a cultura, classe social, raça, gênero e idade, configurando distintas formas de vivenciá-la. Mesmo com essa diversidade, é possí-vel desenvolver relações com adolescente que incluam a atenção, dedicação, conforto, paciência e sensibilidade, além da transmissão dos conteúdos curriculares. DESCRITORES RESUMENSe trata de una investigación cualitativa realizada con 11 maestros de enseñanza primaria de una escuela estatal del municipio de Curitiba. Este estudio tuvo el objetivo de entender el modo en el que los maestros de enseñanza primaria perciben la adolescencia. Las informaciones fueron recolectadas por medio de la estrategia de Discusión de Grupo y organizadas en cuatro categorías temá-ticas. Fue posible identificar, de acuerdo a los discursos de los profesores, la pluralidad de significaciones atribuidas al proceso de crecimiento, con énfasis en la singularidad de la adolescencia. La adolescencia presenta variaciones de acuerdo con la cultura, clase social, raza, género y edad, determinando distintas formas de vivirla. Aún ante tal diversidad, es posible desarrollar relaciones con adolescentes que incluyan la atención, dedicación, bienestar, paciencia y sensibilidad, además de la transmisión de los contenidos curriculares. DESCRIPTORES

Qualidade de vida em adolescentes com necessidades especiais em um município de pernambuco

“…O adolescente vive várias perdas e conquistas na transição da identidade infantil para a adulta, influenciando na consolidação da estrutura básica da personalidade. Com o passar dos anos, essas mudanças vão se consolidando e o adolescente adquire certa maturidade, com aquisição de um sistema de valores pessoais e da própria identidade, favorecendo uma melhor QV (25,26) . Os resultados revelaram, ainda, que os adolescentes do gênero feminino apresentaram uma menor percepção da QV para os domínios psicológico, físico e meio ambiente, quando comparados com os adolescentes do gênero masculino.…”

Aceitação e rejeição de alunos por seus professores em diferentes níveis escolares

“…Explicitação esquemática de componentes constituintes do comportamento "ensinar" para exemplificar como esses componentes constituem a relação (entre situação antecedente a uma classe de respostas, a própria classe de respostas e a situação consequente a essa classe de respostas Os problemas vivenciados nos dias atuais -como violência, pobreza, drogadição, criminalidade, desemprego, iniciação sexual precoce, gravidez indesejada, suicídio e dificuldades de relacionamento com família e professores -e suas consequências afetam direta e indiretamente a saúde e o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes (Del Prette & Del Prette, 2006;Roehrs, Maftum, & Zagonel, 2010). Neste contexto, há preocupação do governo e da sociedade com o desenvolvimento biopsicossocial da criança, sendo por eles proposta a criação de um sistema de proteção para a superação ou minimização desses problemas.…”

“…Dentre os responsáveis mais diretos por essa proteção, além da família, destaca-se a escola, em função de seu envolvimento extenso com a criança. A escola, ao criar um ambiente seguro e de apoio, pode se tornar um espaço de promoção da saúde, tanto física quanto psicossocial (Roehrs et al, 2010).…”

“…Apesar dessa preocupação com o papel da escola no desenvolvimento da criança, pesquisas mostram a ineficácia e inadequação dos serviços de educação voltados ao adolescente, pelo fato de os profissionais que lidam com esse público terem pouco conhecimento sobre ele, conhecimento este fornecido de forma insuficiente pelas instituições educacionais (Roehrs et al, 2010).…”

“…A interação professor-aluno também é afetada pela história pessoal de relacionamentos do educador, bem como por suas habilidades sociais e dos conhecimentos que possui acerca das transformações inerentes às fases do desenvolvimento infantil (Kesner, 2000;Meireles, 2009;Roehrs et al, 2010). O uso de práticas de ensino apropriadas ao nível de desenvolvimento do aluno, de diálogos instrucionais entre professor e aluno e de altos níveis de feedback avaliativo e de instruções em grupo contribui para o estabelecimento de relações professor-aluno de alta qualidade (Donohue, Perry, & Weinstein, 2003;Emmer & Stough, 2001;Mantzicopoulos, 2005;O'Connor, 2010 Vale destacar, ainda, que a saúde mental do professor também é indicada como fator que possui um papel na relação estabelecida com os alunos.…”