2008
DOI: 10.1590/s0047-20852008000100013
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Reforma psiquiátrica e serviços residenciais terapêuticos

Abstract: Palavras-chavePsiquiatria, desinstitucionalização, reforma psiquiátrica, moradias assistidas. resumo objetivo: Apresentar os principais aspectos da reforma psiquiátrica ocorrida em diversos países e no Brasil, destacar a política de reinserção social dos pacientes e descrever os procedimentos da desospitalização ocorridos em Barbacena, Minas Gerais, com ênfase nas residências terapêuticas e nas intervenções de reabilitação psicossocial. método: Pesquisa bibliográfica realizada nas fontes eletrônicas Medline e … Show more

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“…Sabe-se que, historicamente, a cidade de Barbacena foi sede do primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, cumprindo seu papel com o tratamento adequado para a época, desde a inauguração, em 1903, até 1930 (Vidal, Bandeira, & Gontijo, 2008). Entretanto, após esse período, tornou-se referência para internação de pacientes de várias regiões do Estado.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
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“…Sabe-se que, historicamente, a cidade de Barbacena foi sede do primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, cumprindo seu papel com o tratamento adequado para a época, desde a inauguração, em 1903, até 1930 (Vidal, Bandeira, & Gontijo, 2008). Entretanto, após esse período, tornou-se referência para internação de pacientes de várias regiões do Estado.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
“…Na década de 1970, devido à forte reação dos profissionais de saúde, jornalistas e intelectuais, iniciou-se a reavaliação das condições de tratamento vigentes (Vidal, Bandeira, & Gontijo, 2008), em consonância com os pressupostos de formulação crítica e prática visando à transformação do modelo clássico e do paradigma psiquiátrico (Amarante, 1997). Sabe-se que abordar as experiências da loucura pensando em sua presença e produção no espaço sociocultural é um dos pontos fundamentais desse processo, que prima por mudanças profundas não somente nos aspectos jurídicos, políticos e assistenciais, mas, sobretudo, nos valores e significações sociais em torno da loucura e do louco (Passos, 2003).…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
“…Sugerem-se outros e novos estudos com a população de moradores em RT, de preferência com um nú-mero maior de participantes e que envolvam outras características de pesquisa tais como, depressão, ansiedade por morarem em RT, bem como a perceção deste tipo de população em ambientes terapêuticos. É interessante observar que as RT são uma alternativa proposta como facilitador da inserção social mas que, pelos resultados obtidos, tendeu a melhorar a qualidade de vida dos seus usuários em todos os sentidos excetuando-se as relações sociais, logo, dificultando, em certo aspeto sua inserção social (Lauber et al, 2006;Vidal et al, 2008). Assim, os modelos de RT devem ser repensados quanto à atividades visando a socialização dos pacientes por meio de treinamento de habilidades sociais, por exemplo.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Assim, no presente estudo questiona-se se as residências terapêuticas estariam associadas a boa qualidade de vida de seus usuários visando estabelecer pontos para a melhora deste tipo de cuidado à saúde mental. As residências terapêuticas são moradias ou casas destinadas a dar assistência a pacientes que saem de internações especialmente psiquiátricas de longa permanência, cujos pacientes que não possuem suporte familiar e/ou facilitadores de inserção social (Lauber et al, 2006;Vidal, Bandeira, & Gontijo, 2008). Assim, as residências terapêuticas têm como propósito propiciar e estimular a convivência social, a construção de possibilidades de vida, desenvolvimento da independência e individualidade, diferenciando assistencialismo oferecido comumente observado em outras políticas públicas (Alves, Casais, & Santos, 2009;Fassheber & Vidal, 2007).…”
Section: Introductionunclassified
“…Desde a I Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em 1987, vem sendo reforçada a necessidade da elaboração de novas práticas em saúde mental, substitutivas ao modelo manicomial (VIDAL; BANDEIRA; GONTIJO, 2008). Do ponto de vista político-jurídico, um marco importante, no que se refere à reforma psiquiátrica brasileira, foi a aprovação da Lei 10.216, de 2001. Embora tal movimento discursivo do campo da Saúde Mental não ocorra sem tensionamentos, com posicionamentos distintos de diferentes atores sociais, a política pública da Saúde Mental busca estruturar-se a partir i) da edificação de equipamentos pautados nas diretrizes do acompanhamento clínico aliado à inclusão social, ii) do investimento na ampliação da cidadania e iii) da estruturação de ações voltadas a responder às demandas dos usuários atendidos e de seu território (BRASIL, 2011).…”
Section: Introductionunclassified