Tendência secular do peso ao nascer na cidade de São Paulo (1976-1998)

Abstract

OBJETIVO: Resgatar a tendência secular da distribuição do peso ao nascer na cidade de São Paulo, SP, bem como examinar suas possíveis causas, com base em dados coletados por dois inquéritos domiciliares sobre condições de saúde na infância realizados em 1984/85 e em 1995/96, complementados por informações procedentes de levantamento de prontuários de maternidades e por informações do Sistema Estadual de Declarações de Nascidos Vivos. MÉTODOS: Os inquéritos domiciliares estudaram amostras probabilísticas da população infantil de São Paulo com idade inferior a cinco anos (n=1.016 em 1984/85; n=1.280 em 1995/96). O levantamento de prontuários estudou uma amostra probabilística dos partos ocorridos nas maternidades da cidade no ano de 1976 (n=5.734). As declarações de nascidos vivos referem-se às coortes de crianças nascidas na cidade entre 1993 e 1998 (cerca de 200 mil crianças por ano). O estudo da distribuição social do peso ao nascer levou em conta a renda familiar per capita e a escolaridade materna. A estratégia analítica para estudar os determinantes da tendência secular do peso ao nascer empregou modelos hierárquicos de causalidade, análises multivariadas de regressão e procedimentos análogos aos utilizados para calcular riscos atribuíveis populacionais. RESULTADOS/CONCLUSÕES: A distribuição do peso ao nascer na cidade de São Paulo (média de 3.160 g com 8,9% de pesos <2.500 g) é inferior àquela esperada quando são ótimas as condições do crescimento fetal (média de 3.400-3.500 g com cerca de 4-5% de pesos <2.500 g). Essa distribuição pouco se modificou nos últimos 22 anos (1976-1998). Entretanto, no período, há evidências de evolução desigual do peso ao nascer segundo o nível socioeconômico (NSE) da população. Nos estratos de baixo NSE, a evolução tem sido favorável e isso se deve, aparentemente, ao melhor desempenho do crescimento intra-uterino, o qual poderia decorrer de melhorias em condições econômicas, no peso e na altura das gestantes, na assistência pré-natal e, possivelmente, do declínio no hábito de fumar. Nos estratos de alto NSE, a evolução do peso ao nascer tem sido desfavorável devido, aparentemente, ao aumento na freqüência de recém-nascidos prematuros, tendência provocada por fatores ainda não conhecidos.

Postura materna durante a gestação e sua influência sobre o peso ao nascer

“…13 As expected, we found lower levels of schooling among the women in our cohort than among the totality of women who gave birth in the Municipality of Sao Paulo in 1998 (χ²=5.57; p=0.06).…”

“…4 The distribution of birthweights found in the present study is similar to that described for the totality of births taken place in the Municipality of Sao Paulo in 1998, based on analyses of the SINASC database. 13 However, it is unfavorable when compared to the distribution of birthweights among children born in a city in Sweden (Gothenburg, 1972(Gothenburg, -1973. 13 The frequency of preterm births in the city of Sao Paulo in 1998 was similar to that found in the present study (6.0% and 5.3%, respectively).…”

“…13 However, it is unfavorable when compared to the distribution of birthweights among children born in a city in Sweden (Gothenburg, 1972(Gothenburg, -1973. 13 The frequency of preterm births in the city of Sao Paulo in 1998 was similar to that found in the present study (6.0% and 5.3%, respectively).…”

“…Birthweight is determined by multiple factors, including socioeconomic and nutritional status, maternal and fetal morbidity, smoking, absent or poor antenatal care, and excessive physical effort. 10,13 Studies of the influence of physical activity and of standing for long periods of time during pregnancy have received much attention in recent literature. This is due,…”

Nacimiento de recién nacidos de bajo peso en institución filantrópica terciaria del Municipio de Piracicaba

“…Se debe considerar el estado nutricional materno, el hábito de fumar y la dieta gestacional como importantes factores que interfieren en el nacimiento de recién nacidos pequeños para la edad gestacional. Por otro lado, anormalidades placentarias e incompetencia istmo-cervical (disminución de la consistencia del cuello uterino) son determinantes específicos de la prematuridad (10) .…”