Esse artigo descreve o período histórico de anexação do Acre ao território brasileiro, abordando acontecimentos que vão desde os acordos assinados entre Portugal e Espanha, a série de conflitos decorrentes de interesses econômicos, que culminaram com o movimento armado conhecido como “Revolução Acreana” e, assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, no qual a região passou a pertencer definitivamente ao Brasil. O Acre foi decretado Território Federal em 1904 e somente em 1962 passou à condição de Unidade da Federação. Assim, objetivou-se discutir a importância da Revolução Acreana para a formação do território acreano. Para tanto, foi realizada pesquisa de natureza qualitativa, do tipo bibliográfica e documental, por se adequar aos estudos exploratórios e a utilização de material elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos. Em termos de ocupação é possível inferir que a Revolução Acreana foi fundamental para que as terras, constante nos antigos mapas bolivianos como “tierras nom descubiertas”, fossem anexadas ao Brasil. Essa luta armada envolvendo brasileiros e bolivianos, gerou um acréscimo considerável as riquezas nacionais, assim como originou uma sociedade mista de diversos povos, com cultura, crenças, mitos e tradições bastante peculiares, resultante da miscigenação dos povos que aqui habitavam, com os que para cá vieram, a exemplo, os nordestinos que vieram para a região extrair o látex da seringueira.